Youtuber Gen Kimura (direita) ao lado de agente da PM em operação na cidade de São Paulo
Reprodução/Youtube
Youtuber Gen Kimura (direita) ao lado de agente da PM em operação na cidade de São Paulo

O youtuber norte-americano Gen Kimura participou de uma operação da  Polícia Militar de São Paulo no dia 21 de abril deste ano. Em vídeo publicado em seu canal, o influenciador dos Estados Unidos aparece em uma viatura, usa colete da PM e narra perseguições feitas pelos agentes. 

No vídeo, Gen Kimura chega a segurar uma arma e traz um tom sensacionalista. "Esse sou eu numa perseguição policial no país mais mortal do mundo", diz o influenciador durante ação. 

O youtuber ainda mostrou que teve acesso ao batalhão, à rotina de treinos e até à sala onde as armas da corporação ficam guardadas. O vídeo já teve mais de 1,5 milhão de visualizações.

Em uma das interações, Kimura ouve de um policial que as mortes nas operações são comemoradas. "Quando matamos um bandido, nós celebramos com cigarro e bebidas. [Com o batalhão?] Não, só o pelotão. Como dissemos antes, o pelotão é como uma família", diz um agente. 

Assista abaixo:

O que diz a SSP

Procurada pela reportagem do Portal iG, a  Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo disse que a prática não é permitida. Em nota, o órgão informou que solicitou esclarecimentos da Polícia Militar, que vai apurar o caso. 

"A SSP, assim que teve acesso ao vídeo, solicitou esclarecimentos à Polícia Militar, que imediatamente instaurou uma sindicância para apurar todas as circunstâncias relativas aos fatos e adotar as providências necessárias. Toda a dinâmica mostrada nas imagens, envolvendo um civil em práticas exclusivamente militares, não é permitida e fará parte das investigações", disse.

A SSP destacou, ainda, que a frase dita por um dos agentes "não condiz com as práticas adotadas pelas forças de segurança do Estado".

"As polícias paulistas são instruídas e continuamente capacitadas para agirem dentro da lei. Excessos e desvios não são tolerados e todos os casos são punidos com rigor. Além disso, a dinâmica do vídeo não é permitida de acordo com as regras internas da Corporação", finaliza a SSP. 

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