A plataforma do jogo contratava influencers para vender falsas promessas de ganhos
Reprodução/fortune-tiger/ND
A plataforma do jogo contratava influencers para vender falsas promessas de ganhos

Os influenciadores contratados para divulgar o " Jogo do Tigrinho " recebiam uma conta com apostas viciadas em ganhar para a divulgação aos usuários. As informações são coluna de Carlos Madeiro para o portal ""UOL".

Os prints das mensagens mostram como o esquema de fraude era estabelecido entre influenciadores, agenciadores e intermediários.

Ao estabelecerem o acordo, os intermediadores informavam os influenciadores que eles receberiam dois links. Um deles era de uma conta de demonstração, programada para sempre ganhar.

“Esta é uma conta demo com mil moedas de ouro”, explicou um intermediário a um dos influenciadores, detalhando o acesso.

Já o outro link era o que deveria ser compartilhado aos usuários. Ele direcionava para a plataforma normal, onde as contas eram comuns e suscetíveis a perdas.

Mensagens detalham links diferentes para divulgação e acesso dos usuários
Reprodução
Mensagens detalham links diferentes para divulgação e acesso dos usuários

A investigação também descobriu que os influenciadores sabiam antecipadamente que ganhariam o superprêmio logo na primeira tentativa de jogo, e usavam esse 'feito' para incentivar os seus seguidores a participarem do jogo.

Mensagens revelam os depósitos que influenciadores recebiam para divulgar jogo do tigrinho
Reprodução
Mensagens revelam os depósitos que influenciadores recebiam para divulgar jogo do tigrinho

As mensagens reveleram que os influenciadores recebiam comissões à medida que captavam novos usuários para as plataformas. Conforme apuração da polícia, o extrato bancário dos influenciadores continha diversos depósitos feitos pela plataforma, e os intermediários trabalhavam para várias delas de forma simultânea.

Operação Game Over

O acesso às conversas resultou na Operação Game Over, deflagrada pela Polícia Civil de Alagoas nesta segunda-feira (17).  A operação mirou 12 pessoas e solicitou a apreensão de R$ 38 milhões em bens dos investigados.

Entre os itens apreendidos estão carros de luxo das marcas Porsche e Volvo, além de uma lancha, smartphones, dinheiro e um passaporte. Os mandados foram emitidos pela 17ª Vara Criminal.

Segundo o delegado Lucimério Campos, responsável pelo caso, as investigações duraram oito meses.

"Esse tipo de jogo que tem trazido uma verdadeira ruína nas finanças das pessoas", disse.

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