Suyany foi presa pela polícia no mês passado
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Suyany foi presa pela polícia no mês passado

A autodeclarada cigana Suyany Breschak , de 27 anos, atualmente detida como suspeita de ser a mentora do caso conhecido como "brigadeirão" , que resultou na morte do empresário Luiz Marcelo Ormond, 44, em Cabo Frio (RJ), está enfrentando acusações graves, incluindo ameaças de morte dirigidas aos seus próprios filhos. As informações são do portal UOL.

O caso foi formalmente registrado na madrugada do dia 26 de maio, na 126ª Delegacia de Polícia, em Cabo Frio. Três dias depois, Suyany foi detida como suspeita de participação na morte do empresário, e as crianças foram morar com o pai.

Cinco dias após a descoberta do corpo do empresário, supostamente vítima de um brigadeirão envenenado, Suyany enviou um áudio para a mãe de seu ex-marido, Orlando Ianovich Neto, ameaçando envenenar as crianças.

Por volta das 19h do dia 25 de maio, Doroti Ianovich recebeu a mensagem, na qual Suyany, sua nora, ameaçava os próprios filhos, de 6 e 9 anos, caso Orlando não retornasse para ela. O relacionamento do casal, que durou cerca de 12 anos, chegou ao fim no ano passado.

"Volta para casa, pelo amor de Deus, eu acabei de pedir veneno. Vou colocar veneno na comida dos meus filhos, eu estou dando para eles, eu estou fazendo. Eu vou tomar veneno, eu vou dar veneno para eles. Volta para casa agora, eu te amo, pelo amor e Deus. Volta para mim", disse ela, em áudio obtido pelo Uol.

Natasha Ianovich, irmã de Orlando, registrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra Suyany, conhecida como influencer e conselheira espiritual, sob o nome de Cigana Esmeralda. Além de denunciar as ameaças, a tia expressou preocupação com a segurança dos sobrinhos.

O áudio enviado por Suyany para Doroti foi retido por Orlando Ianovich e adquirido pelo UOL. Na gravação, a jovem parece estar em desespero, falando rapidamente, entre gritos e lágrimas nervosas.

Em nota, a Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado e que agentes estão "realizando diligências para esclarecer o fato". 

"Cansado"

Orlando compartilhou com o UOL o desgaste emocional causado pelo "terror" ao qual tem sido submetido por sua ex-companheira. Ele afirma que Suyany não aceita a separação do casal, ocorrida no ano passado, e desde então tem feito ameaças e tomado medidas irresponsáveis. Ele a acusa de tentativa de sequestro e, em outra ocasião, de ter furtado seu veículo. Ambos os casos estão sob investigação policial.

"Uma coisa é ela fazer essas loucuras com a gente que é adulto. Mas quando se trata das crianças, aí a gente não acredita que uma mãe seja capaz disso. Mas é. Hoje conversei com a diretora da escola onde meus filhos estudam e descobri que a equipe já desconfiava que a Suyany maltratava as crianças. O meu [filho] mais velho confirmou. Diz que não quer voltar a ficar com ela. Estou cansado disso tudo", disse Orlando. 

Segundo ele, o menino já havia reclamado com a diretora da escola particular sobre as surras que recebia da mãe. Um áudio recebido por Orlando, atribuído à diretora da escola, relata que o menino teria mencionado as agressões para as professoras e o psicólogo da instituição. De acordo com o áudio, a criança também estaria com dificuldades de alimentação, higiene e realização das tarefas escolares. "As questões da alimentação e do banho estão no relatório do psicólogo", informa o áudio.

"Estou revoltado de ouvir que meus filhos eram espancados por essa mulher [Suyany]. Não sou eu falando, desconfiado do que acontecia. É a diretora da escola onde eles estudam. O áudio dela falando que ia matar nossos filhos envenenados, e que eu levei para o delegado do caso do bigadeirão, ajudou a polícia na investigação, os agentes me disseram. O que essa mulher fez não pode ficar impune", lamenta Orlando. 

Contexto do caso de Suyany Breschak

Suyany Breschak foi detida em Cabo Frio (RJ) em 29 de maio sob suspeita de colaborar com a psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta na venda dos bens do empresário falecido. As autoridades investigam se o empresário foi assassinado com um brigadeirão envenenado por Júlia, e se Suyany teria sido a mentora por trás do plano.

Suyany teria adquirido um veículo do empresário como parte do pagamento. A quantia de R$ 600 mil seria referente a serviços espirituais prestados a Júlia. Em seu depoimento, Suyany explicou que recebeu o carro como parte do acordo para reduzir a dívida. Ela também forneceu detalhes sobre o uso de medicamentos pela psicóloga para envenenar o brigadeirão. A defesa de Suyany nega qualquer envolvimento no crime.

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