O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou a jornalistas, nesta quinta-feira (6), que é “preciso passar uma borracha em toda a burocracia” para agilizar a ajuda ao Rio Grande do Sul, que enfrenta enchentes e fortes chuvas desde o último mês . As declarações foram dadas durante visita ao bairro Passo de Estrela, na cidade de Cruzeiro do Sul (RS).
“Tem que passar uma borracha em toda a burocracia. Nós temos um jeito de fazer isso, agora para fazer sempre leva um tempo. Para destruir, é rápido. Para reconstruir, é muito difícil. Então, nós temos toda a disposição de trabalhar junto com o governo estadual e com os prefeitos para recuperar a casa de vocês, de dar uma chance de viver com dignidade. Nós vamos fazer isso e nós garantimos que vamos fazer”, disse Lula.
O presidente reiterou o compromisso do governo federal em fornecer respostas imediatas aos esforços de reconstrução durante sua visita. Ele destacou a necessidade de considerar a tragédia como um caso excepcional.
"Eu acho que não tem ninguém no mundo que reclama mais da burocracia do que eu. É tudo muito difícil, muito complicado. Então eu fiz esta semana uma reunião para fazer um apelo ao superintendente da Caixa [Econômica Federal] aqui do Rio Grande do Sul para que ele saiba que se trata de um caso excepcional", disse Lula.
"Precisamos dar rápido a resposta que o povo precisa. Qual é o drama nosso? Precisamos reconstruir com muita responsabilidade. Não podemos fazer escolas e casas em lugares com enchentes", acrescentou.
Ele reforçou que o governo federal está disposto a ajudar no que for possível, mas falou que “não dá para fazer em uma semana” e que “não vai largar em um barraco”.
Tragédia no RS
Esta é a quarta agenda do presidente ao estado desde o início do desastre. Os compromissos incluem uma visita ao bairro de Navegantes, em Arroio do Meio, fortemente atingido pelas enchentes.
Segundo dados divulgados pela Defesa Civil às 9h desta quarta-feira (5), 172 pessoas perderam suas vidas devido à tragédia, enquanto outras 41 ainda estão desaparecidas. O número de desabrigados é de 30.442, com 572.781 desalojados. Um total de 476 municípios e 2.392.686 pessoas foram afetados pelas chuvas e enchentes.
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