O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (6) que a União vai pagar duas parcelas de um salário mínimo (R$ 1.412 cada) para cerca de 434 mil trabalhadores das cidades afetadas pela crise climática que atingiu o Rio Grande do Sul.
Em contrapartida, os empregos dessas centenas de pessoas terão que ser mantidos ao menos pelos próximos quatro meses pelas empresas que decidirem aderir ao projeto.
O comunicado não contou com a participação do governador Eduardo Leite (PSDB-RS).
“Vamos oferecer duas parcelas de um salário mínimo a todos os trabalhadores formais do estado do Rio Grande do Sul que foram atingidos na mancha. Não simplesmente nos municípios em calamidade, os municípios em situação de emergência, desde que esteja atingido pela mancha da inundação”, declarou o ministro do Trabalho e Emprego, Luís Marinho (PT-SP).
O governo prevê que serão beneficiados 326 mil trabalhadores com CLT, 36 mil estagiários, 40 mil trabalhadores domésticos e 27 mil pescadores artesanais. Somados, 434.253 profissionais receberão os pagamentos das duas parcelas do salário mínimo.
Lula visitou a região do Vale do Taquari, uma das mais afetadas pelas tempestades, e conversou com Leite ao chegar no Rio Grande do Sul. No entanto, o governador não participou do evento que realizou o anúncio das novas medidas em favor do estado porque precisava estar em uma reunião marcada com uma comitiva de holandeses para falar sobre gestão de desastres climáticos.
A relação entre o governo federal e estadual não vive seu melhor momento. Há muita irritação por parte de membros do Palácio do Planalto o tom adotado por Leite em algumas ocasiões ao fazer fortes cobranças.
Por outro lado, aliados do governador também desaprovaram a escolha de Paulo Pimenta (PT-RS) para ser o ministro da Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. O entendimento é que Pimenta será colocado como candidato ao governo gaúcho em 2026.
Apesar dos problemas, Eduardo Leite segue realizando agendas com Lula. Na quarta (5), ele se encontrou com o presidente e participou de um evento organizado pelo Ministério do Meio Ambiente, que contou com a presença da ministra Marina Silva (Rede-SP).
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