Djidja morreu aos 32 anos na terça-feira
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Djidja morreu aos 32 anos na terça-feira

A família de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, que morreu na terça-feira, em Manaus , é investigada por tráfico de drogas e associação ao tráfico. O advogado da mãe e o irmão dela, Cleusimar e Ademar, declarou que a prisão preventiva dos dois os "salvou da morte". Eles foram presos na quinta-feira (30) .

A família comanda a rede de salões Belle Femme, que tiveram três funcionários presos após os mandados. Nas operações, a polícia encontrou centenas de seringas prontas e doses de droga.

Ainda, o irmão de Didja, Ademar Cardoso, é acusado de estupro.

Ao jornal O Globo, o advogado de Cleusimar e Ademar, Vilson Benayon, esclareceu que eles ainda não prestaram depoimento por estarem alterados pelo uso de drogas. Segundo ele, o lucro dos salões Belle Femme era direcionado ao vício.

"Pedimos o toxicológico e a internação compulsória dos dois em uma clínica de reabilitação. Eles foram atendidos na enfermaria do complexo prisional em crise de abstinência. Ontem estavam de um jeito, hoje estão de outro. O que eles têm é uma patologia, a prisão os salvou da morte", disse o advogado, ao GLOBO.

A defesa diz ainda que Cleusimar e Ademar disse ainda que eles não vendiam drogas, somente adquiriam para uso próprio.

Djidja Cardoso

Djidja Cardoso morreu na manhã de terça-feira (28) aos 32 anos. Ela tinha mais de 60 mil seguidores no Instagram e também comandava o salões Belle Femme. 

A causa da morte não foi divulgada. Em nota, a família declarou que "toda e qualquer circunstância que envolveu seu falecimento será esclarecida perante às autoridades".

Djidja era investigada pela Polícia Civil do Amazonas por fazer parte dessa seita com a família. Quando presos, a mãe e o irmão disseram à defesa que usam droga a menos de um ano e que eles obrigavam funcionários de uma rede de Belle Femme a consumirem ketamina, um tipo de droga que tem como finalidade de sedação, mas também pode causar alucinações. A substância é usada também para o tratamento de depressão em alguns casos. 

O medicamento foi aprovado em 2020 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para tratar transtornos mentais.

"A morte tem peculiaridades, principalmente pela possibilidade de uso de fármacos psicotrópicos. Há a possibilidade de ter havido um abuso que levou ao óbito dela (...) Não trabalhamos ainda com a hipótese de homicídio. Para que eu possa dizer que teve uma morte violenta e um homicídio, preciso de elementos de autoria. É o que estamos levantando", disse o delegado Daniel Antony, da Delegacia de Homicídios, ao Globo.

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