Prefeitura de Canoas inicia obra de recuperação do Dique Rio Branco
Reprodução/Prefeitura de Canoas
Prefeitura de Canoas inicia obra de recuperação do Dique Rio Branco

O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) , Dyogo Oliveira, informou nesta sexta-feira (24) que  a tragédia do Rio Grande do Sul pode gerar um prejuízo para as seguradoras maior do que o sofrido na pandemia do novo coronavírus , que causou perdas seguradas de mais de R$ 7,5 bilhões para o mercado.

Em entrevista coletiva, Dyogo informou que o valor de indenizações solicitados às seguradoras passa de R$ 1,6 bilhão . O valor, entretanto, deve aumentar nas próximas semanas. 

"Certamente podemos considerar [a catástrofe] como o maior sinistro vindo de um único evento na história do setor no Brasil", disse o presidente da CNseg, em conversa com a imprensa.  "Seguramente o valor final será muito maior do que esse número divulgado", acrescentou. 

O maior prejuízo para o setor na região ocorreu em 2022, quando as solicitações alcançaram um valor de sinistros de R$ 8,8 bilhões em meio à seca que atingiu o estado. 

Apesar dos números elevados, o dirigente assegurou que há verba suficiente para indenizar todos afetados no Rio Grande do Sul. "São valores perfeitamente provisionados pelas seguradoras, recursos que as companhias mantêm em reservas técnicas, ou seja, tem recursos suficientes para enfrentar esse problema", garantiu. 

Maiores indenizações

Segundo o levantamento feito pela CNseg, até o momento, o setor com mais indenizações pedidas foi o de automóveis, com R$ 557,4 milhões. Depois, aparecem os grandes riscos (R$ 507 milhões) e os seguros residencial e habitacional (R$ 293,2 milhões). 

Dyogo Oliveira comunicou que, por ora, há 23.441 acionamentos no total. O presidente da Confederação, contudo, explicou que a maioria sinistros não foi acionada, já que empresas continuam calculando o prejuízo. Além disso, em algumas áreas, a água não baixou completamente. 

Dados da tragédia

O número de mortos nas enchentes no Rio Grande do Sul se mantém em 163, de acordo com boletim da Defesa Civil do estado divulgado às 9h desta sexta-feira (24). No entanto, o número de desaparecidos subiu de 64 para 65.

O órgão informou que o número de municípios afetados se mantevem em 469 — o estado tem 497 cidades em sua totalidade. Ao todo, a tragédia afeta 2.342.460 de pessoas, sendo que 581.613 permanecem desalojadas e outras 63.918 estão em abrigos.

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