Motorista do Porsche está preso no Tremembé, interior de São Paulo
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Motorista do Porsche está preso no Tremembé, interior de São Paulo

O Ministério Público de São Paulo declarou ser contra o pedido de soltura da defesa de Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos , que conduzia um porsche quando bateu em um Renault Sandero e matou um motorista de aplicativo na zona leste da capital paulista no dia 31 de março .

A defesa de Fernando pediu a revogação da medida liminar que determinou a prisão do empresário na segunda-feira (20). Os advogados disseram no documento que a prisão preventiva “vai muito além dos pedidos e dos argumentos do parquet” e mencionou que a liminar “se mostra um tanto influenciada pela massiva campanha midiática pela responsabilização do rapaz da Porsche”.

“É indisfarçável que ela se assenta unicamente na pressão da mídia, pois a prova quem traz é a mídia (sem possibilidade ainda de contraditório), o laudo da velocidade é mostrado todo dia na mídia (ainda sem possibilidade de contraditório), o fato da camiseta sem ou com sangue e doas contradições entre depoimentos são matéria de mérito e, antes do contraditório judicial, não se prestam para avaliar ou subsidiar se uma decisão é teratológica ou manifestamente ilegal”, disse a defesa.

Pedido rejeitado

No entanto, o MP diz, no dia seguinte, que as provas já anexadas ao processo são suficientes para manter a prisão preventiva de Fernando, que  está detido na P2 em Tremembé, no interior de São Paulo. 

Ainda, o órgão afirma que, solto, Fernando pode colocar a vida de terceiros em risco, visto que, antes do acidente, ele também participava de rachas no centro da cidade.

"É nítido, portanto, que, caso mantido em liberdade, o requerido [Fernando] poderá colocar outras pessoas em risco, por meio da continuidade de condutas ilegais que já vem adotando, historicamente, em várias oportunidades", diz trecho da decisão do MP.

"É necessário, portanto, acautelar as provas do processo, para que o requerido não possa seguir interferindo no depoimento das testemunhas que ainda serão ouvidas sob o crivo do contraditório, em juízo", acrescentou a promotora de Justiça, Bruna Ribeiro Dourado Varejão.

Prisão

No dia 6 de maio, Fernando se entregou à polícia. Ele compareceu à 5ª Seccional, localizada no Tatuapé, em São Paulo, região onde ocorreu o episódio.

A prisão foi solicitada pelo Ministério Público, que acusa o empresário de homicídio por dolo eventual, por assumir o risco de matar o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, e lesão corporal gravíssima, ao ferir o amigo Marcus Vinicius Machado Rocha, passageiro do Porsche.

Segundo informações da perícia da Polícia Técnico-Científica, Fernando dirigia a 114,8 km/h, enquanto o limite máximo permitido na via era de 50 km/h, no momento da colisão com o carro de Ornaldo. O episódio ocorreu no dia 31 de março, na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé.

Veja o momento do acidente:


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