
As enchentes no Rio Grande do Sul afetaram 90% dos municípios, segundo a Defesa Civil. Conforme o último boletim, 461 dos 496 foram atingidos pelas chuvas das últimas semanas. Até o momento, 2.281.830 pessoas foram afetadas. As chuvas persistem no estado até sexta-feira (17).
A Confederação Nacional dos Municípios fez uma estimativa da destruição a partir de dados de prefeituras. “Foram 96 mil destruídas semi ou parcialmente. Isso chega a um prejuízo de R$ 5 bilhões”, afirmou Paulo Ziulkoski, presidente da confederação, ao Jornal Nacional.
Segundo a Defesa Civil, mais de 600 mil pessoas estão fora de casa em todo o estado. Este número é maior do que toda a população de Florianópolis, por exemplo. São 540.192 pessoas desalojadas, enquanto outras 77.199 estão em abrigos.
Baixa do Guaíba
O nível do lago Guaíba, em Porto Alegre , continua diminuindo. Nesta sexta-feira, a medição realizada às 6h00 pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), registrou a marca 4,73 metros no Cais Mauá. Esse é o menor patamar registrado desde a segunda-feira (13). Contudo, o lago segue com o nível superior à cota de inundação, que é de 3 metros.
A capital gaúcha deve seguir inundada por pelo menos mais 10 dias, de acordo com estimativas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Segundo a previsão, o nível do Guaíba deve descer a 4 metros na próxima semana, mas se manterá acima da cota de inundação até pelo menos o dia 25.
O recorde histórico do lago foi de 5,33 metros no dia 5 de maio. A previsão, segundo especialistas da hidrologia do RS, era de que as águas poderiam ultrapassar essa marca, chegando a 5,4 metros nesta semana. O pico anterior era da enchente de 1941, quando chegou aos 4,76 metros.
A cidade de Porto Alegre foi bastante inundada por conta da cheia do Guaíba. Até esta sexta-feira (17), o aeroporto e a rodoviária seguiam sem funcionamento por conta das enchentes. Casas e comércios também seguem alagados. A Zonal Sul da capital gaúcha é uma das áreas que segue tomadas pela água.
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