Vídeos mostram momento em que suspeito se aproxima e tem relações sexuais com a vítima
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Vídeos mostram momento em que suspeito se aproxima e tem relações sexuais com a vítima

suspeito de abusar de uma mulher em situação de rua em Santos, no litoral paulista , diz que não houve estupro, mas sim uma relação consensual em que ele pagou R$ 10 por um programa na calçada. Ele disse, ainda, que ofereceu um lanche para a mulher antes do ato sexual, pois ela 'estava com fome'. As informações são do g1.

Ele foi identificado pela Polícia Civil nesta quarta-feira (8) e prestou depoimento na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) no mesmo dia. Trata-se de um homem de 36 anos, que trabalha em uma empresa de construção civil da cidade, no bairro de Alemoa.

Um vídeo flagrou o momento em que o suspeito se aproxima da mulher, que estava deitada na calçada da Rua Braz Cubas, no centro da cidade. Após se aproximar, ele toca as partes íntimas dela, que tenta o 'empurrar' com as pernas. Em seguida, ele faz uma 'cabana' com papelões ao lado de uma parede, onde os dois têm relação sexual. A polícia investiga o caso, a princípio, como estupro de vulnerável.

Versão do suspeito

Em entrevista ao g1, o suspeito disse que não conhecia a mulher antes do ocorrido. Ele negou as acusações de estupro, mas disse que errou ao se relacionar com ela na rua.

"Não foi estupro. Foi com a ciência dela, que cobrou e eu paguei. O erro foi por ter sido na rua", disse o suspeito. "Ela me cobrou R$ 20, mas eu não tinha isso no bolso, só R$ 10. Dei [o dinheiro] para ela. O lanche foi à parte, pois ela falou que estava com fome".

Ele também falou sobre o momento em que ela o 'empurrou' com as pernas. Segundo o suspeito, ela fez isso pois estavam em local 'aberto' e, em seguida, pediu para que ele montasse a 'cabana' na calçada.

"Ela estava acordada. Os vídeos não mostram, mas eu 'encostei' do lado dela, dei um lanche e fiquei trocando ideia [antes do ato]", afirmou. "Ela falou: 'Pega a tampa do lixo e 'fecha' aquilo ali para ficar melhor".

O suspeito disse que deseja que a Polícia Civil localize a mulher o quanto antes. "Para mim, é bem melhor que ela apareça para falar toda a verdade. As filmagens mostram uma coisa, mas ela falando vai ser outra. [E vai] comprovar que não teve estupro nem nada".

O advogado Natalício Batista dos Santos, que representa o suspeito no caso, afirma que os vídeos não mostram toda a 'cena', apenas 'a parte que o prejudica'.

"A prostituição não é uma coisa louvável, mas existe desde os primórdios da humanidade. Ele fez um ato imoral, muito imoral mesmo. Ilícito, sim, mas não nessa magnitude de dizer que foi estupro, pois houve consenso", disse o advogado, que atestou que a defesa acompanhará as investigações por parte da Polícia Civil para obter mais imagens que comprovem 'que houve uma tratativa entre os dois que resultou nesse ato sexual'.

Agentes procuraram mulher para depoimento

A Polícia Civil considera o depoimento da vítima "determinante" para concluírem o que de fato aconteceu no local.

O boletim de ocorrência do caso aponta que os investigadores procuraram pela mulher no local do crime e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, no bairro Vila Matias, mas não localizaram registros na unidade de saúde.

Segundo o documento, as informações sobre a vítima foram encaminhadas à Guarda Civil Municipal (GCM), que "costumeiramente aborda pessoas em situação de vulnerabilidade". A corporação indica, no documento, que ela deve ser orientada à comparecer na DDM caso seja reconhecida pela GCM.

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