Rio Grande do Sul vive dias de tragédias
Reprodução/redes sociais
Rio Grande do Sul vive dias de tragédias


O Rio Grande do Sul tem vivenciado uma série de desastres climáticos que têm impactado a população e as estruturas do estado. Desde junho do ano passado, foram contabilizados quatro eventos catastróficos que resultaram em dezenas de mortes e milhares de pessoas desalojadas.

As recentes tempestades que assolaram a região a partir da última segunda-feira (29) são consideradas pelo governador Eduardo Leite (PSDB-RS) como a "pior tragédia da história" gaúcha.

De acordo com dados da Defesa Civil, os últimos dias foram marcados por uma escalada de destruição. O saldo até o momento aponta para 39 vidas perdidas, 74 pessoas feridas e outras 68 ainda desaparecidas.

O número de desabrigados chega a 24.252, enquanto 7.165 estão em abrigos e 17.087 foram desalojados. A situação afetou diretamente 235 municípios, impactando um total de 351.639 mil pessoas em todo o estado.

O ciclo de desastres teve início em junho de 2023, quando um ciclone extratropical resultou em 16 mortes e afetou cerca de 2 milhões de pessoas. O fenômeno deixou milhares de desabrigados e desalojados, atingindo 40 cidades e gerando uma crise humanitária na região.

As condições climáticas adversas foram atribuídas a uma onda de calor excepcional e a chegada de uma frente fria, conforme apontaram estudos da UFRGS.

Em setembro do mesmo ano, um sistema de baixa pressão vindo do Paraguai desencadeou o que foi considerado o maior desastre natural da história do Rio Grande do Sul até então.

O evento resultou em 54 mortes e deixou um rastro de destruição em várias regiões do estado, mantendo até hoje quatro pessoas desaparecidas.

Em novembro, grandes volumes de chuvas no Vale do Taquari resultaram em cinco vítimas fatais e 28 mil pessoas desalojadas. As adversidades climáticas foram decorrentes de sucessivas áreas de instabilidade e a passagem de frentes frias pela região.

Agora, em maio deste ano, os temporais que vitimaram 39 pessoas foram atribuídos a um bloqueio de ar quente no centro do Brasil, que impediu a chegada de frentes frias à região.

A tendência é que as chuvas continuem durante o fim de semana, mantendo o estado em alerta e exigindo esforços das autoridades e da população para lidar com as consequências das tempestades.

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