O secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, disse nesta quinta-feira (4) que o sistema penitenciário federal “não é mais o mesmo” depois da fuga dos dois detentos em Mossoró (RN).
“O sistema penitenciário federal não é mais o mesmo desde a data do evento que ocorreu em Mossoró. Nós tivemos uma série de providências, revistas e vistorias em todas as unidades, não só em Mossoró. De lá para cá, trocamos a iluminação, 10.000 câmeras foram adquiridas, parte delas vão trocar e reforçar todo o parque de monitoramento que compõe o sistema penitenciário federal”, disse Garcia, durante a entrevista coletiva para falar da prisão de Rogério Mendonça e Deibson Nascimento em Marabá (PA) que aconteceu hoje.
A fuga foi a primeira na história do sistema penitenciário federal, composto por cinco penitenciárias de segurança máxima que recebem presos considerados de alta periculosidade.
Investigações
O Ministério da Justiça abriu investigações internas, deslocou equipes técnicas para vistoriar o local e anunciou melhorias para fortalecer a segurança das penitenciárias federais do país. Entre as mudanças, o sistema deve incluir reconhecimento facial e muralhas no perímetro.
Depois dessa fuga inédita, foram constatados uma s érie de falhas na segurança do local. Cerca de 160 câmeras estavam danificadas ou com a qualidade da imagem ruim no momento da fuga. Essas observações corroboram para um relatório divulgado pelo ministério de que não houve corrupção no ocorrido, mas sim falhas nos procedimentos carcerários.
Com isso, foram instaurados três PADs (Processos Administrativos Disciplinares) envolvendo 10 funcionários do local, e 17 deverão assinar TACs (Termos de Ajustamento de Conduta).