O advogado e ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, utilizou suas redes sociais para criticar o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, após ele ligar o ex-presidente Jair Bolsonaro à minuta golpista encontrada na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Wajngarten compartilhou um print de uma reportagem da Folha de S.Paulo sobre o assunto, expressando desaprovação pelo fato de o general alegar à Polícia Federal não se recordar da data exata de uma reunião realizada com Bolsonaro.
"Tem General com memória seletiva…. Recorda-se de vírgulas e frases e palavras, mas não se recorda de datas. Bem curioso. Mais ainda as defesas não terem nenhum acesso a esse depoimento folclórico", escreveu Wajngarten em sua postagem.
De acordo com o depoimento de Freire Gomes à Polícia Federal, ocorrido em 1º de março e com duração de aproximadamente 7 horas, o ex-comandante afirmou que a minuta golpista encontrada na residência de Anderson Torres é a mesma versão que foi apresentada por Bolsonaro aos chefes das Forças Armadas em uma reunião realizada em dezembro de 2022.
Segundo o relato do general, o documento foi apresentado pelo ex-presidente em uma segunda reunião entre os chefes militares e o então presidente da República, após um primeiro encontro em 7 de dezembro de 2022. Neste primeiro encontro, Bolsonaro teria exposto aos chefes militares um documento que listava supostas interferências do Judiciário no governo, os "considerandos" que embasariam a ação golpista, conforme relatado pelo tenente-coronel Mauro Cid.
Freire Gomes também informou que as minutas apresentadas por Bolsonaro foram submetidas a edições até chegarem ao texto final, que decretava estado de defesa e propunha a criação de uma comissão de regularidade eleitoral para apurar a "conformidade e legalidade do processo eleitoral".
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