A presidente do PT e deputada pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, assegurou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será candidato à reeleição à presidência em 2026. A afirmação foi feita durante uma entrevista à CNN Brasil, transmitida no sábado (9).
Ela destacou que o petista é a melhor opção para representar o "campo democrático" no próximo pleito e defendeu que os candidatos a prefeito das capitais deste ano estejam presentes no palanque durante a campanha presidencial.
“Nós queremos eleger um time que dê sustentação a 2026. O primeiro ponto na política de alianças é que aquele que apoiarmos nas eleições deste ano estará no palanque de Lula em 2026“, afirmou.
A presidente do PT também minimizou a ausência do partido como cabeça de chapa na disputa das principais capitais do país, como São Paulo e Rio de Janeiro.
“Nós ganhamos a eleição com Lula costurando uma frente ampla, sabemos da importância das forças políticas juntas. Isso não quer dizer que tenhamos que abrir mão das nossas concepções“, declarou.
“Temos 87 candidaturas definidas e grande parte em processo de definição, ou porque estamos discutindo com aliados ou porque temos que ter uma decisão interna do PT. O PT vai lançar candidatos onde tem condição de disputar. Não adianta lançar candidato para marcar posição, não estamos mais nesse processo”, completou.
Questionada sobre a relação entre o petista e o Congresso, Gleisi afirmou que as conversas devem ser mais tranquilas neste ano. Com as eleições municipais se aproximando, é provável que a Câmara e o Senado acelerem a tramitação de projetos prioritários para votação ainda neste primeiro semestre.
Sobre o comando na Câmara dos Deputados em 2025, a petista evitou comentar diretamente. Nos bastidores, o presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL), busca promover aliados, como Antônio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União Brasil-BA).
Em relação ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, Gleisi Hoffmann renovou suas críticas e sugeriu que ele deveria manter um perfil mais discreto até o fim de seu mandato. A deputada também questionou a taxa de juros praticada no Brasil, atualmente em 11,25% ao ano, e as medidas adotadas por Campos Neto para fortalecer a autonomia financeira do BC.
“A posição do PT já era contra a autonomia do Banco Central naquele primeiro projeto que foi colocado. Ele é o banco do Tesouro. Vem o Campos Neto e diz que quer autonomia financeira. Ele vai fazer o que ele quiser. Vai virar o quê? Um banco privado?“, declarou. Completou dizendo:
“O Roberto Campos Neto deveria terminar seu mandato tranquilo, acho que já está equivocado com a política de juros que ele mantém. Termina quieto o seu mandato e deixa a bola“.
A presidente do PT declarou ainda que a sua relação com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, !está bem tranquila". "Já tivemos lá atrás alguns entendimentos diferentes, foi por conta da política fiscal, muito exclusivamente”.