O influenciador fitness, empresário e fisiculturista Renato Cariani, de 47 anos, enfrenta acusações por tráfico de entorpecentes, participação em organização criminosa e branqueamento de capitais. Além disso, está sob investigação por suposta omissão de uma residência em Campos do Jordão, no interior de São Paulo, em suas declarações de imposto de renda.
A mansão em questão, que possui dois andares, uma academia, uma quadra de tênis, uma piscina e áreas verdes, foi mostrada pelo influenciador em seu canal no YouTube. Documentos relacionados à propriedade foram encontrados em trocas de e-mails de Cariani. Ele admitiu a compra da casa, alegando que adquiriu apenas a metade pertencente a um brasileiro após a morte do outro co-proprietário.
As autoridades investigam as circunstâncias dessa transação, enquanto Cariani afirma que a posse da outra metade da mansão seria estabelecida por usucapião. A Polícia Federal questiona o motivo da não declaração dessa propriedade específica, especialmente considerando que Cariani possui outras casas registradas em seu imposto de renda.
Além disso, a evolução patrimonial de Cariani ao longo de oito anos é alvo de investigação. Seus ativos avaliados aumentaram significativamente, assim como a quantia em dinheiro em sua posse, levantando suspeitas sobre possíveis atividades ilícitas.
Cariani foi recentemente acusado de envolvimento em um esquema de desvio de produtos químicos para a produção de drogas. A investigação revelou desvios significativos de substâncias utilizadas na fabricação de cocaína e crack ao longo de seis anos, com a empresa Anidrol, da qual Cariani é sócio, sendo o principal foco da operação.
Ele se tornou réu por decisão judicial, mas minimizou sua participação no esquema, sugerindo ser inevitável devido à sua posição como sócio na empresa, embora negue culpa pelas irregularidades.
"Uma das empresas que sou sócio, que é a que está sofrendo investigação, foi fundada em 1981, tem mais de 40 anos de história, é uma empresa linda, onde minha sócia com 71 anos de idade ainda é a grande administradora, a grande gestora da empresa, é quem conduz a empresa, que tem sede própria, que tem todas as licenças, todas certificações nacionais e internacionais, uma empresa que trabalha totalmente regulada", disse Cariani.
Um amigo de Cariani, Fábio Spínola, também é réu no mesmo processo e é acusado de criar um e-mail falso para simular comunicações entre a empresa do influenciador e a AstraZeneca, como parte do esquema criminoso.