O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, assegurou que o episódio de fuga de dois detentos da prisão de segurança máxima de Mossoró não compromete a segurança das cinco unidades prisionais federais. Declaração foi feita na manhã deste domingo (18), após o ministro chegar ao Rio Grande do Norte, acompanhado da governadora do estado, Fátima Bezerra.
"Não afeta, em hipótese nenhuma a segurança das cinco unidades prisionais federais, mas é um problema localizado e que será superado em breve com a colaboração de todos", disse o ministro à imprensa.
Lewandowski elogiou o entrosamento das equipes e os esforços empregados, destacando o diálogo federativo e democrático que une o país. Sua presença no estado tem como foco acompanhar as buscas pelos fugitivos, ocorrida na madrugada de quarta-feira (21).
O ministro está acompanhado pelo diretor-geral em exercício da Polícia Federal, Gustavo Souza, e foi recebido pela governadora e pelo secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, presente na região desde o dia da fuga.
O pronunciamento do ministro ocorreu na Delegacia da Polícia Federal em Mossoró, onde ele se reuniu com a equipe responsável pelas buscas. Espera-se que ainda nesta tarde ocorra um novo pronunciamento à imprensa.
Reféns
Quanto aos acontecimentos posteriores à fuga, na sexta-feira os fugitivos fizeram uma família refém a cerca de 15km da prisão, permanecendo na residência por aproximadamente quatro horas. Mais de 300 agentes estão envolvidos nas buscas, utilizando drones equipados com sensores térmicos, embora haja relatos de dificuldade em distinguir o calor das rochas da vegetação do calor corporal humano.
A penitenciária de Mossoró possui em média quatro agentes de execução penal para cada detento, conforme dados do governo federal e da Senappen. Com 68 detentos, é a segunda menor unidade prisional federal em número de presos, contando com quase quatro vezes mais servidores desse tipo do que detentos.