Os dois detentos que fugiram da Penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, invadiram uma residência na área rural da cidade e fizeram uma família refém na noite desta sexta-feira (16).
Ligados ao Comando Vermelho, os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Deisinho. A fuga de ambos, na última quarta-feira (14), foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal desde a sua criação.
Segundo os investigadores, os fugitivos ficaram cerca de quatro horas na casa. Eles invadiram, pediram comida, assistiram às notícias sobre a fuga e roubaram celulares. A dupla não pediu dinheiro e fugiu a pé. Além disso, Não houve violência com os reféns.
De acordo com a polícia, a família relatou que Rogério e Deibson estavam sujos e pareciam confusos. Os fugitivos perguntaram diversas vezes onde estavam, e uma das vítimas chegou a dizer que eles estavam muito perto da penitenciária de Mossoró.
A dupla chegou a questionar como chegava ao Ceará, perguntaram se estavam longe do litoral e se havia muitos pontos de bloqueio na rua. Uma das vítimas afirmou que perto de Mossoró há bloqueio. A dupla fugiu a pé, sem levar carro e nem a motocicleta da vítima.
Ambos estavam de boné, um deles vestia calça azul clara e tênis azul. Um vestia camisa escura e o outro camisa clara.
A dupla chegou por volta das 19h30 de sexta-feira e saiu da casa às 0h30 de sábado. Ao invadirem a casa, pediram comida e celular. Eles levaram alimentos e dois celulares com carregadores, ambos não estavam de mochila.
Na casa, eles pediram para a família entrar nas redes sociais nos telefones para que eles pudessem ver notícias da fuga. Além disso, pediram para assistir o Jornal Nacional.
No período que estavam na casa, Rogério e Deibson fizeram várias ligações pelo WhatsApp, algumas delas para números com DDD 21.
Na quinta-feira (15), o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que os fugitivos estavam a um raio de 15 quilômetros da prisão. A família feita refém está dentro desse perímetro. As buscas contam com 300 agentes de segurança, helicópteros e drones, com equipes especiais da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.