Catharina Simões conta que teve apoio de sua professora, praticava sua escrita e focou em melhorar em todas as competências da redação
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Catharina Simões conta que teve apoio de sua professora, praticava sua escrita e focou em melhorar em todas as competências da redação


Dentre as 1.058.538 pessoas que fizeram as provas do Enem 2023, apenas 60 alcançaram a nota máxima na redação, ou seja, menos de 1% dos participantes. Uma dessas pessoas é a estudante Catharina Simões, de 18 anos, que não conseguiu passar na universidade que ela mais queria, mas terá uma redação nota mil para explorar outras possibilidades.

"Eu tinha como primeira opção fazer na USP, porque eu moro em São Paulo, só que eu não consegui alcançar a nota de corte na primeira fase. Tenho interesse em fazer o curso de relações internacionais, estou esperando para poder aplicar minha nota do Sisu em outras universidades", disse a jovem, que registrou sua surpresa ao descobrir que alcançou pontuação máxima na redação do Enem.

Em meio à alegria e a surpresa de ter alcançado a nota máxima, a jovem demonstra bastante consciência social ao expressar seu desejo de que o número de redações nota mil cresça ano após ano.

"A gente tem um número baixo de estudantes que alcançam a nota máxima, e isso reflete a desigualdade na educação no nosso país. Tantos alunos que não tiveram acesso à mesma educação de qualidade que eu tive . A gente sempre tem que ter o objetivo de aumentar esse número, pois isso significaria mais pessoas podendo mostrar o seu potencial".

Catharina acaba de se formar no Colégio Leonado da Vinci (Sistema Anglo de Ensino), e fez o Enem 2022 como treineira, quando obteve nota 860 na redação. Ela conta que em sua primeira vez tentando "para valer" entrar na universidade, esperava uma nota parecida e já estaria "felicíssima" se conseguisse chegar a 900 pontos, mas o esforço da estudante e de sua professora, no entanto, a levou além.

"Eu sempre gostei muito de escrever, eu tenho um livro de poemas publicado e acredito que muito dessa nota também foi por causa da professora que eu tive, que foi quem mais me ajudou. Sem a minha professora, eu não teria tido nota mil. Além de praticar, ela trazia filmes, notícias e vídeos sobre questões sociais. Eu fazia toda redação que a minha professora passava para praticarmos e tentava manter o máximo de foco possível. Eu levava todas para minha professora ver onde eu podia melhorar, então a nota não é só minha, é nossa. A redação do Enem tem cinco competências, eu estudava muito cada uma delas com o objetivo de entender e aplicar no meu texto, focava muito nos erros para poder melhorá-los".

Questionada sobre qual mensagem ela gostaria de passar para aqueles que ainda estão na luta que é se preparar para conquistar uma vaga na universidade, Catharina diz que a alegria de tirar mil lhe mostrou que ela é capaz de realizar o que deseja. "Eu acho que a gente sempre tem que carregar o valor que a gente tem, e ajudar outras pessoas a terem as mesmas oportunidades".

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