No Rio Grande do Sul, 276 mil clientes permanecem sem energia elétrica após a tempestade de terça-feira (16). A RGE informou que 185 mil clientes em sua área de atuação estão sem luz, especialmente na Região Metropolitana, onde 131 mil pontos estão afetados.
A CEEE Equatorial relatou que 91 mil clientes continuam sem luz em toda a sua área de concessão, sendo a Região Metropolitana a mais impactada pelos desligamentos. Equipes de outros estados do Grupo Equatorial estão chegando ao RS para acelerar a normalização do serviço.
Para os moradores de Porto Alegre sem energia, a normalização pode levar até domingo (20), conforme informações do superintendente da CEEE Equatorial, Sergio Valinho, ao programa Gaúcha Mais. Ele destacou danos significativos no circuito, como árvores caídas e cabos rompidos, exigindo intervenção de equipes especializadas e, consequentemente, um tempo prolongado de reparo.
Porto Alegre, entre os municípios mais afetados, decretou situação de emergência devido aos estragos causados pela chuva intensa e ventos de até 89 km/h.
A tempestade provocou a queda de pelo menos 450 árvores, bloqueando 84 vias e paralisando cinco das seis estações de tratamento do Dmae por falta de energia. A prefeitura estima que 1,2 milhão de pessoas ficaram sem água, representando 90% dos moradores da cidade.
O impacto da tempestade e dos ventos se assemelhou à destruição ocorrida durante o ciclone de 2016, quando Porto Alegre foi atingida por ventos de até 119 km/h, derrubando mais de 500 árvores e causando falta de luz generalizada.
Diante da falta de energia, houve uma corrida para carregar celulares em supermercados, como no Zaffari do bairro Bom Fim, onde usuários se sentaram no chão e até mesmo as tomadas dos banheiros foram disputadas.