O traficante Jean do 18 mandou matar seu advogado, extorquiu uma empreiteira e invadiu um fórum
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O traficante Jean do 18 mandou matar seu advogado, extorquiu uma empreiteira e invadiu um fórum


O homem apontado pelas investigações da Polícia Civil como o responsável por ordenar a cobrança de propina para permitir a realização das obras do Parque Piedade, no Rio de Janeiro, está foragido desde que escapou da prisão, já invadiu um fórum durante um depoimento de comparsas e mandou matar seu próprio advogado. 

Jean Carlos Nascimento dos Santos (mais conhecido como Jean do 18), tem 38 anos e é condenado ou réu em mais de 20 casos. Ele é alvo de uma operação da PM nesta quinta-feira (11), realizada no Morro do 18, Caixa D'Água, Morro do Urubu, Saçu e Fubá, comunidades que ficam entre Quintino e Piedade, para capturar Jean e outros suspeitos de envolvimento na extorsão de R$1 milhão.


Segundo o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/ MPRJ), a exigência do pagamento de propina revela que o tráfico de drogas opera esquemas de extorsão nos mesmos moldes daqueles praticados pelas milícias.

Em janeiro de 2023, Jean do 18 escapou da Penitenciária Lemos de Brito, que fica dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, após ter passado seis anos preso, e até hoje ele não foi recapturado.

Ele também é apontado como o responsável por uma invasão ao Fórum de Bangu, no ano de 2013, para resgatar comparsas que estavam lá para prestar depoimento. Na ocasião, uma criança e um policial foram mortos durante o tiroteio. Três anos depois, Jean foi indiciado como responsável pelo assassinato de Roberto Rodrigues, seu próprio advogado. 

A vítima saiu para encontrar Jean em dezembro de 2015, e nunca mais foi visto. O carro de Roberto foi encontrado numa das entradas do morro do Fubá, em Cascadura, que é dominado por uma facção rival à dos assassinos. No entanto, a polícia descobriu que foram os traficantes do Morro do 18 que abandonaram o veículo lá, no intuito de dificultar a investigação.

A conclusão da Delegacia de Descoberta de Paradeiros é que Roberto foi assassinado por seus clientes, numa vingança por não ter conseguido a liberdade de dois comparsas do grupo que estavam presos.

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