O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse neste sábado (23) que está “preparando” uma representação para o Ministério Público (MP) contra o criador da página de entretenimento “Choquei”, Raphael Sousa.
O motivo alegado pelo deputado é a morte de Jéssica Vitória Canedo na sexta-feira (22). A jovem de 22 anos foi citada pelo perfil como suposto novo affair do humorista Whindersson Nunes. Ambos negaram a informação.
Após a publicações de supostos prints de conversas envolvendo Jéssica e Whinderson, ela passou a receber diversos ataques virtuais. O volume de mensagens de ódio foi tão grande, que Jéssica chegou a pedir para que parassem de mandar mensagens para ela. A mãe da jovem também gravou um vídeo fazendo o mesmo apelo.
Em um vídeo publicado no perfil no X (ex-Twitter) do deputado, Nikolas afirmou que a “Choquei” tem “amplo apoio da esquerda” e supostas ligações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a primeira-dama Janja Lula da Silva e o também com o deputado federal André Janones (Avante-MG). Ele não apresenta provas que embasem essas afirmações.
O deputado André Janones fez uma publicação na tarde deste domingo (24) na sua conta no X, rebatendo o que o parlamentar do PL disse sobre ele no vídeo. Janones lembrou das falas negacionistas de Nikolas a respeito das vacinas. "[...] ele tá espelhando em mim algo que ele é, um mentiroso compulsivo, irresponsável que que influenciou mortes. Ele tem que puxar a fila de punições por crimes na internet [...]", disse.
O que diz a Choquei
Em nota, publicada no X através de sua representação jurídica, a “Choquei” disse que não houve “qualquer irregularidade na divulgação das informações prestadas” sobre o suposto affair de Jéssica e Whindersson.
Segundo o perfil, “não há responsabilidade a ser imputada pelos atos praticados, haja vista a atuação mediante boa-fé e cumprimento regular das atividades propostas”.
O comunicado, assinado pela advogada Adélia de Jesus Soares, foi publicado no perfil da página no Instagram e no X. A página disse querer “ressaltar que todas as publicações foram feitas com base em dados disponíveis no momento e em estrito cumprimento das atividades habituais decorrentes do exercício do direito à informação”. Sem citar a morte da jovem, afirmaram lamentar “profundamente” o episódio.