Veja como Janja participou ativamente do primeiro ano do governo Lula

Primeira-dama participou de viagens internacionais, encontros oficiais e foi alvo de fake news e ataque hacker

Foto: Reprodução: Flipar
A primeira-dama Janja e um tradutor fizeram parte da comitiva do presidente Lula na viagem.

Quando o Google divulgou, neste mês de dezembro, os termos mais buscados em 2023,  o nome da primeira-dama Rosângela da Silva (Janja) apareceu em duas categorias: mulheres e política. Ela foi o 4º nome mais buscado entre as personagens femininas mais procuradas e a 9º entre políticos. 

Casada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde 2022, Janja esteve presente durante as atividades da campanha.  Depois que Lula foi eleito, ela participou ativamente da organização da cerimônia de posse e segue tendo visibilidade no mandato. 

Logo em janeiro de 2023, a primeira-dama apareceu em entrevistas para programas de TV e revistas de moda. Socióloga pela UFPR, em suas declarações, fala sobre ser feminista e pautar questões que envolvem o direito da mulher. 

 Ao longo do ano, suas aparições aconteceram tanto em eventos sociais, como ao lado de Gilberto Gil no carnaval, quanto em eventos políticos internacionais, como no encontro entre Lula e Joe Biden.  No dia 11 deste mês, teve sua conta no X (antigo Twitter) invadida e em outubro foi chamada de ‘vice-presidente’ pelo Le Monde Diplomatique, da França. 


Participação em eventos políticos internacionais 

A primeira-dama realizou 10 viagens internacionais, passando por 15 países (viagens que passaram por mais de um país) somente até julho deste ano.  A última viagem foi durante a Cop28, em Dubai, neste mês de dezembro. 

Todos esses registros podem ser vistos por meio da homologação dos integrantes de cada comitiva detalhada no Diário Oficial da União.

Algumas presenças de Janja repercutiram por conta de sua postura nas viagens. Durante a sua ida ao Estados Unidos em fevereiro, por exemplo,  ela posou para uma das fotos tiradas no salão oval entre os presidentes Lula e Joe Biden. 

Em setembro, quando esteve em Nova Delhi, na Índia, para o encontro do G20, grupo que reúne as principais economias globais, ela foi a única primeira-dama a caminhar na rampa oficial do evento, ao lado do presidente, recebendo os cumprimentos do primeiro-ministro do país, Narendra Modi . Na mesma cerimônia, Janja postou em seu perfil no X (antigo Twitter), uma foto de Lula, que demonstrava como ela tinha permanecido em uma área restrita da reunião. 

Durante sua participação na Conferência Eleitoral do PT para 2024 em 9 de dezembro, Janja, que também é filiada ao partido desde os 17 anos, citou sua participação nesses eventos e rebateu críticas sobre sua presença. 

“Eu estava em uma reunião no G20 e todo mundo fica falando: ‘O que ela fica fazendo lá com o presidente? Nem foi eleita’. Dane-se, eu vou sempre estar lá. Ninguém me deu esse lugar. Eu conquistei”, disse. 


Presença em questões político-sociais brasileiras

O posicionamento político-social de Janja também foi visto em questões internas ao longo do ano. 

No final de setembro, quando o Rio Grande do Sul foi atingido por enchentes, Janja substituiu Lula e acompanhou uma comitiva de ministros.  Eles sobrevoaram a região do rio Guaíba e visitaram um ginásio que abrigava famílias que estavam desalojadas. Na época, o presidente estava impossibilitado de viajar, por conta de uma cirurgia no quadril. 

A primeira-dama também fez participações no ‘Conversa com  Presidente’, live semanal onde Lula aparece comentando temas importantes do país. Em uma delas, quando o mandatário falou em acabar com a pobreza, Janja virou notícia por aparecer chorando, comovida com o tema. 


Alvo de fakes news

Janja lidou com episódios de fake news contra sua imagem desde o início do governo. Alguns dos ataques foram de caráter misógino , como por exemplo, quando disseram ser ela em uma foto onde uma mulher aparece de lingerie, segurando um cartaz, em Brasília.

Outros envolviam sua atuação política. Uma imagem onde ela está ao lado de um amigo foi divulgada como se estivesse ao lado de um traficante procurado pela Interpol. 

Em outubro, durante uma viagem ao Pará onde ela aparece ao lado de MC Dourado, Janja foi acusada de desejar a morte de Bolsonaro, pois nas imagens, o cantor aparece usando uma gíria regional tirada de contexto - passar sal - para se referir ao ex-presidente.