Nesta sexta-feira (22), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou do 20º Natal dos Catadores , no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Em seu discurso, Lula disse que acionou o ministro Alexandre Silveira, da pasta de Minas e Energia, para estudar medidas para traçar um novo plano energético para o Brasil. Segundo o petista, a energia barata é algo que tem beneficiado apenas os empresariados, sendo cobrada do provo pobre.
"É lógico que é importante fazer a energia barata para que a gente possa ter competitividade internacional. Mas essa energia barata não pode ser paga pelo povo pobre, não pode ser paga pelo povo. Então, estamos em um processo de discussão e eu quero envolver toda a sociedade", disse Lula no discurso.
Segundo o mandatário, Silveira já teria sido comunicado sobre o assunto anteriormente e que já foi convocado uma reunião com o Conselho Nacional de Política Energética. Vale ressaltar que o ministro possui despachos na agenda do petista ainda nesta sexta-feira.
Ao se referir ao modelo energético brasileiro, Lula diz que o mercado hoje "tem uma coisa estúpida", se referindo ao fato de "o povo pobre está pagando quase três vezes mais que o povo rico".
A conta feita por Lula é referente ao fato dos empresários que estão no mercado livre de energia pagarem R$ 260 por megawatts. Em contrapartida, a população para R$ 679 por megawatts.
Novas moradias
Lula ainda disse durante o discurso que o governo pretende lançar um programa para destinar os prédios não usados pela União à habitação popular, que deverá ser lançado logo no início de 2024.
O objetivo é aproveitar os prédios públicos do governo que estão desocupados, e distribuí-los para que seja construído moradia popular ou negociá-los para conseguir investimentos com os ganhos. Segundo ele, apenas o INSS possui mais de três mil prédios inutilizados.
"Tem prédio que dá pra virar moradia, tem prédio que tem que vender e utilizar o dinheiro para fazer outra coisa. Terrenos e terrenos que a gente pode fazer a doação para o preço da casa sair mais barato para o povo”, afirmou o petista.
A promessa não é nova. Em julho, durante a sanção da lei do novo Minha Casa Minha Vida , Lula já tinha sinalizado a ideia. "Prédios abandonados, terrenos da União… Nós vamos ter que transformar isso em coisas habitacionais. A quantidade de terreno abandonado nas grandes regiões, a quantidade de prédio da União. Só o INSS tem três mil casas, terrenos e prédios. Por que a gente não distribui isso pro povo em vez de levar o povo pra morar a 20 km do centro da cidade, leva o povo para onde já tem asfalto, escola, energia elétrica, linha de ônibus”, disse o presidente na época.