A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (13), o nome de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Dos 27 senadores que compõem a comissão, apenas quatro se opuseram à indicação do procurador-geral eleitoral interino, que ainda será votada pelo Plenário da Casa.
Além de Gonet, a CCJ sabatinou e e aprovou, na mesma sessão, a indicação do senador e ministro da Justiça, Flávio Dino, à vaga deixada pela ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal.
Durante as perguntas realizadas aos indicados, os senadores tentaram antecipar a posição de Gonet à frente do Ministério Público, especialmente no que diz respeito a temas como liberdade de expressão, imunidade parlamentar e políticas públicas como o sistema de cotas e a demarcação de terras indígenas. Ele evitou emitir opiniões pessoais enquanto defendeu o equilíbrio nas ações do Ministério Público.
Formado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB), Gonet é mestre em Direitos Humanos pela Universidade de Essex, na Inglaterra, e doutor em Direito, Estado e Constituição pela mesma UnB. Ele foi indicado por Lula fora da lista tríplice do Ministério Público Federal (MPF).
Desde 1987 Gonet atua no MPF, onde foi vice-procurador-geral eleitoral, diretor-geral da Escola Superior do Ministério Público da União e promovido a subprocurador-geral em 2012.
O escolhido do presidente também já foi ventilado para o cargo ainda no governo Jair Bolsonaro, mas a possível indicação não prosperou, e quem exerceu o cargo foi seu antecessor, Augusto Aras.