Quase metade (48%) dos moradores do Sudeste aprovam o governo Lula,
enquanto 44% desaprova e 8% não souberam responder. Na média nacional, a aprovação é de 51% e a rejeição, de 42%, segundo a pesquisa RADAR FEBRABAN, apresentada nessa sexta-feira (8).
“O sentimento das pessoas oscilou ao longo do ano, o que é natural, mas terminar o ano olhando para a frente com melhores expectativas pode ajudar a influenciar de forma benigna 2024”, aponta o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.
A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro, com 2 mil pessoas nas cinco regiões do País, pelo IPESPE (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) para a FEBRABAN, esta edição do RADAR FEBRABAN mapeia as expectativas dos brasileiros sobre este ano e para o próximo, tanto em relação à vida pessoal, quanto em relação à política e à economia do país, e mensura como a população encara as compras de fim de ano, o endividamento, a Reforma Tributária, os golpes e tentativas de golpes bancários.
Os brasileiros da região Sudeste afirmam que a principal prioridade do governo em 2024 deve ser a geração de empregos, tema mais citado pela primeira vez na última pesquisa RADAR FEBRABAN, apresentada nessa sexta-feira (8) para todo o país. A preocupação superou até mesmo saúde e educação, que costumam ser as mais lembradas.
As menções ao emprego como prioridade mais do que dobraram entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023 no Sudeste, ao passar de 17% em dezembro de 2022 para 35% neste ano. É o segundo maior índice do país, atrás apenas do Norte (38%). Na sequência aparecem saúde, com 24%, e educação, com 12%.
Ainda, o receio de aumento do desemprego no Sudeste cresceu nos últimos 12 meses: era declarado por 30% dos entrevistados em dezembro do ano passado e foi a 34% nesta pesquisa.
Compras de fim de ano
A população da região afirma que gastará menos nas compras de fim de ano, por mais que tenha a expectativa de aumentar o poder de compra em 2024. A proporção dos que pretendem reduzir o consumo foi de 43% em dezembro de 2022 para 45% dos entrevistados neste ano.
Custo com alimentos e saúde
Os itens de consumo que mais impactaram na inflação das famílias do Sudeste foram alimentos, com 69% das respostas, maior parcela de respostas do levantamento. A surpresa foram os serviços de saúde ou medicamentos que aparecem em segundo lugar, com 31%, principalmente na faixa de 60 anos ou mais, sendo esse índice maior do que o da média nacional, que é de 30%.
Inflação
O brasileiro do Sudeste está mais pessimista em relação à inflação. Em 2022, 43% acreditavam que iria aumentar, índice que foi para 45% nesta edição da pesquisa. O percentual dos que esperavam redução se manteve em 30%.
Ainda, na atual pesquisa a região tem a segunda maior percepção sobre inflação do país, com 57% dizendo que os preços aumentaram – foi 61% no Sul. Por outro lado, o custo dos produtos e serviços caiu para 21% e ficou igual para 20%.