Caminhões de ajuda humanitária também cruzam a passagem de Rafah
Reprodução / FDI - 26.11.2023
Caminhões de ajuda humanitária também cruzam a passagem de Rafah

A segunda leva de brasileiros e estrangeiros que aguardam para sair da Faixa de Gaza e vir para o Brasil já está em Rafah, na fronteira com o Egito, aguardando aval para deixar o enclave palestino, informou nesta quarta-feira (6) a embaixada brasileira em Gaza.

O grupo é formado por 85 pessoas, entre brasileiros e palestinos parentes dos que já foram repatriados no primeiro grupo. Eles estavam nesta manhã já concentrados perto do posto de controle da cidade do sul de Gaza, atualmente a única via de saída do território palestino.

"Conseguimos concentrar 85 brasileiros e familiares próximos em Rafah, retirando-os dos teatros de operações mais intensos de Khan Younes, Deir al Balah e do campo de refugiados de Nuseirat, e colocando-os muito próximos do passo de fronteira", disse o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas.

De acordo com a Embaixada, outras 17 pessoas listadas pelo Itamaraty para Israel e Egito não se encontram em Rafah, aguardando permissão para sair de Gaza e residir em suas próprias casas no sul do território palestino.

A travessia do grupo, conforme afirmou Candeas, depende da autorização de Israel e do Egito, os quais supervisionam as entradas e saídas em Rafah. Ambos os países estão revisando individualmente os nomes enviados por várias embaixadas ao redor do mundo.

No comunicado de terça-feira (5), a Embaixada expressou a expectativa de que a autorização seja concedida ainda durante esta semana.

Este momento iminente de aprovação coincide com uma semana marcada por intensos bombardeios, inclusive na maior cidade do sul de Gaza, Khan Younes, onde parte do grupo aguardava a liberação da lista enviada pelo Itamaraty até a última terça-feira.

O grupo que agora aguarda permissão para deixar Gaza é maior que o triplo que foi retirado do território pelo Brasil, formado por 32 brasileiros. A primeira lista conseguiu deixar o território em 12 de outubro.

Eles atravessaram a fronteira com o Egito e, de lá, voaram até Brasília em um avião cedido pela Presidência. Também estão na nova lista:

  • Brasileiros que vivem em Gaza e haviam desistido de ir ao Brasil, mas mudaram de ideia com a piora das condições de vida no território;
  • Mães, pais e parentes mais distantes de pessoas do primeiro grupo;
  • Brasileiros que visitavam o território, como a mãe e os irmãos do bebê brasileiro, que vivem no Espírito Santo.

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