Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid
Alan dos Santos/Presidência
Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid










Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, delatou o ex-presidente Jair Bolsonaro como mandante dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro ao determinar a venda do relógio Rolex e outros kits de joias preciosas de alto valor (presentes da Arábia Saudita à União) ilegalmente nos Estados Unidos para ficar com o dinheiro. A informação é do portal G1. 

O acordo de delação em que Cid aponta Bolsonaro foi firmado com a PF e homologado em setembro pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em setembro. 

A declaração de Cid confirma a suspeita da Polícia Federal, que já tinha indícios de que além de ordenar a venda das joias, Bolsonaro teria recebido o dinheiro em espécie diretamente da mão de Mauro Cid para evitar deixar rastros. O ex-presidente nega.



No depoimento, Mauro Cid disse que no início de 2022 Bolsonaro estava reclamando de ter que pagar uma indenização à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), e perguntou ao ajudante de ordens quais presentes de alto valor ele havia recebido em razão de seu cargo como presidente. 

Mauro Cid contou que pediu uma lista de relógios recebidos pelo presidente ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), órgão que organizava o acervo presidencial. Após apresentar a lista ao ex-presidente, Bolsonaro perguntou a Cid se o Rolex poderia ser vendido.

Procurado, o ex-secretário de Comunicação e advogado, Fabio Wajngarten, informou que a defesa de Bolsonaro não vai comentar a afirmação, e destacou que o subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, da PGR, classificou a delação de Cid como "fraca".

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