Faltando apenas um ano para as eleições municipais de 2024, quase metade dos eleitores paulistas declaram ter interesse “alto” ou “muito alto” pela política.
No sentido contrário, o grupo que declarou ter um interesse “muito baixo” ou “nenhum interesse” por política representa menos de 25% do total.
Além disso, 87% atestam a intenção de ir votar no pleito de 2024, enquanto 10% não pretendem ir às urnas e 3% não responderam ou não souberam responder.
Os dados são de uma pesquisa realizada pela APPC Consultoria e Pesquisa, em parceria com o consultor eleitoral Wilson Pedroso. Foram ouvidos 1.015 moradores de 236 municípios do estado de São Paulo entre 9 e 15 de setembro deste ano.
“A política tomou conta do cotidiano das pessoas, elas estão falando mais sobre o assunto. Todos esses fatores devem ser observados pelos futuros candidatos. Um eleitor que se interessa e se informa, tem melhores condições de escolher e exercer o direito ao voto”, destaca Wilson Pedroso, consultor eleitoral e analista político.
A pesquisa também mostra uma tendência de crescimento do interesse por questões políticas: 45% dos eleitores declararam que seu interesse pelo tema aumentou nos últimos dez anos, enquanto para 26,7%, diminuiu.
Outros 27% não expressaram mudanças no seu nível de interesse. No que diz respeito a debates políticos, a maior parte dos entrevistados (61%) disse que “sempre” ou “quase sempre” conversa sobre política com amigos e parentes.
A pesquisa também mapeou os meios que as pessoas mais usam para se informar sobre política, com mais de uma opção de resposta. Os portais de internet e sites de notícias são os meios mais comuns para se informar sobre política, com 45,7% de menções espontâneas.
Em segundo lugar, a televisão foi mencionada por 39%, seguida pelas redes sociais, com 29,2%. A televisão é mais presente entre as pessoas mais velhas, entre 45 e 59 anos (47%) ou 60+ (46,2%). As redes sociais são mais mencionadas por jovens de 16 a 24 anos (38%).
“O grande desafio para os candidatos será montar equipes profissionais para garantir que sua comunicação chegue aos diversos públicos de maneira eficaz em um curto espaço de tempo. Neste sentido, o amadorismo nas campanhas eleitorais pode sair muito caro para quem pretende ser competitivo”, conclui Hilton Cesario Fernandes, cientista político e diretor de pesquisas da APPC.