O terceiro avião com brasileiros que estavam em Israel desembarcou na tarde desta quarta-feira (11) no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Cerca de 100 pessoas que participavam de uma caravana religiosa deixaram o país na última terça-feira (10).
Os brasileiros foram recepcionados por familiares e amigos no saguão do aeroporto. Os passageiros cantaram e levantaram a bandeira de Israel em diversas oportunidades.
O pastor Felipe Valadão, que liderava a caravana, classificou a chegada ao Brasil como um ‘alívio’. Ele relatou os momentos de desespero ao ouvir as sirenes do hotel onde estava.
“É um alívio! Graças a Deus, chegar na nossa casa, ver os amigos, a família... Foram dias intensos, a gente não sabia do que estava acontecendo, mas havia uma convicção no nosso coração que a gente ia conseguir voltar bem. A gente estava seguro. Foram quatro dias de intensa preocupação, a gente nunca passou por isso. Não sabíamos o que nos esperava lá fora. Então, tocava a sirene, a gente tinha que descer para um bunker. A gente não sabia o que estava acontecendo, se tinham invadido o hotel, se era uma bomba... O mais difícil era segurar 103 pessoas emocionalmente. Vamos curtir essa vida maravilhosa que Deus nos deu”, afirmou aos jornalistas.
O grupo religioso chegou a Israel no último dia 2 de outubro e deviam prolongar o passeio pelo menos até a próxima semana. Eles tentaram embarcar em voos comerciais na terça, mas ao menos quatro foram cancelados.
Para pegar o avião enviado pelo governo brasileiro, a caravana precisou chegar à Dubai, de onde partiram na noite de terça.
Essa é a terceira aeronave que pousa no Rio com brasileiros resgatados em Israel. O primeiro chegou ao país na manhã desta quarta com 40 passageiros, enquanto o segundo pousou uma hora mais tarde com mais 60 pessoas.
Guerra em Israel
O Hamas, movimento islamista palestino, bombardeou ao menos cinco cidades de Israel no último sábado (7), em resposta a disputa de território entre os dois países. Mais de cinco mil foguetes e dois mil mísseis foram lançados pelos palestinos, segundo as autoridades.
Após a ofensiva, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou guerra ao grupo e acionou reservistas do exército para compor sua cúpula militar.
Em cinco dias, o conflito deixou mais de dois mil mortos e milhares de feridos. Dois brasileiros, que estavam em Israel, morreram após serem atingidos por disparos durante uma festa rave. Uma terceira brasileira está desaparecida, de acordo com o Itamaraty.