O senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente da República
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
O senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente da República


O senador e ex-vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos-RS) ,  relativizou a gravidade de declarações vazadas da delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, em que teria sido questionado o eventual apoio dos comandantes das Forças Armadas a um eventual golpe de estado.

Em entrevista ao jornal O Globo, Mourão foi questionado se militares envolvidos na suposta trama golpista devem ser punidos, e respondeu com outra pergunta, indagando o que seria, exatamente, uma tentativa de golpe, e c l assificou o suposto tema da reunião como “mero blá-blá-blá”

“Uma tentativa de golpe seria o quê? A Força Armada sair para a rua e ser derrotada, a exemplo do que ocorreu na Turquia. Isso não aconteceu no Brasil. Se for verdade a delação do Mauro Cid sobre essa suposta reunião, o que houve foi uma discussão. Segundo ele, uns disseram que eram contra e outro disse que era a favor. Isso é um assunto que vai pertencer à História apenas”, disse o ex-presidente. 


O senador disse não ver nenhuma parcela de culpa das Forças Armadas, que teriam agido “dentro da legalidade, legitimidade e mantendo a estabilidade do país” no contexto dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. 

Na avaliação de Mourão, é complicado avaliar a relação do governo Lula com os militares, pois “não é a ação isolada de um ou outro elemento que pode caracterizar uma ação da caserna”. 

O senador da República disse que o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, “é visto trabalhando” no sentido de dialogar com as Forças Armadas, enquanto  Flávio Dino, da Justiça, "é um complicador” que “fala demais”,

Pela ótica de Mourão, Dino se excede “em questões da Polícia Federal, nessas investigações", especialmente em "ações sobre alguns militares, como foi a própria prisão do Cid".

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