O procurador-geral da República, Augusto Aras, criticou neste sábado (9) a decisão do ministro do Supremo tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de homologar a delação premiada entre Polícia Federal e o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid .
O PGR disse por meio das redes sociais que o órgão "não aceita delações conduzidas pela Polícia Federal" e criticou delações feitas no âmbito da Operação Lava-Jato, como as do ex-ministro Antonio Palocci e do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral.
"A Procuradoria Geral da República não é de Augusto Aras. É da República Federativa do Brasil e é pautada pela Constituição. A PGR, portanto, não aceita delações conduzidas pela Polícia Federal, como aquelas de Antonio Palocci e de Sérgio Cabral, por exemplo", afirmou Aras.
A decisão de Moraes também inclui liberdade provisória a Mauro Cid, mas com restrições como apreensão do passaporte e perda da posse de arma de fogo.
Cid estava preso desde maio por conta de uma investigação que apura sua responsabilidade na alteração do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro e sua filha de 9 anos.
O coronel também é investigado por uma trama por golpe de estado, o envolvimento em uma reunião com o hacker Walter Delgatti Netto, que declarou que participou de uma tentativa de inserção de dados falsos nas urnas eletrônicas e a suspeita de vendas de joias que foram recebidas como presente pelo governo brasileiro.