Defesa de hacker procura CPMI buscando acordo de colaboração premiada

A informação foi confirmada pela assessoria da relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA)

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado - 17.08.2023
Hacker Walter Delgatti Neto depondo à CPMI do 8 de Janeiro


A CPI dos Atos Golpistas foi procurada pelo advogado do hacker Walter Delgatti Neto, em busca de um acordo de colaboração premiada.

Integrantes da CPI afirmam que Ariovaldo Moreira, defensor do hacker, teria sinalizado que seu cliente poderia fornecer mais informações para as investigações e gostaria do apoio da comissão em busca do alívio de futuras penas.

A assessoria de comunicação da relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), confirmou que no passado a defesa de Delgatti já havia tocado no assunto informalmente, mas que agora houve um contato oficial do advogado Ariovaldo Moreira, que defende o hacker, com a secretaria da CPMI.

O teor da conversa, contudo, não foi informado. O iG está tentando obter contato com o advogado Ariovaldo Moreira, mas até a publicação desta reportagem, não conseguimos localizá-lo. 

O contato de Ariovaldo com a CPMI foi possibilitado após o Senado emitir um parecer atestando que o colegiado tem, sim, poder para fechar acordos de colaboração premiada, desde que haja supervisão do Ministério Público e homologação da Justiça.


Outros acordos

A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), já manifestou interesse da comissão em propor um acordo de delação a outro alvo das investigações, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

No entanto, a Polícia Federal já está em tratativas com o militar, que recentemente prestou um depoimento de 10 horas à corporação policial.

Nesta quinta-feira (31), Mauro Cid volta a depor à PF numa espécie de “Dia D” no qual s erão ouvidos, ao mesmo tempo, o ex-presidente Jair Bolsonaro e sua mulher, Michelle Bolsonaro , o advogado Frederick Wassef e outros ex-assessores do ex-presidente.