Nesta segunda-feira (07), às vésperas da Cúpula da Amazônia, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de um evento na cidade de Santarém, no Pará. No discurso do petista, ele defendeu que a região amazônica é um "espaço para geração de riqueza para o povo, não um santuário".
De acordo com Lula, ele tem dito isso aos "líderes do mundo inteiro". Ele tem tido encontros com Chefes de Estados desde que confirmou a realização da COP30, o Encontro Global do Clima de 2025, em Belém. Segundo o presidente: "É preciso a gente fazer na Amazônia para vocês perceberem que a Amazônia não é só a copa das árvores".
O evento que Lula participou foi no lançamento de uma via de conectividade de internet, a Infovia1, que liga Santarém a Manaus por meio de cabo de fibra óptica. É esperado que a ação tenha impacto em 3 milhões de pessoas, segundos os dados do ministério das Comunicações.
Segundo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, a medida foi implantada graças aos danos sofridos pelo meio ambiente. "Antes da implantação, foi realizado um minucioso estudo hidrográfico com atenção à viabilidade das rotas e levando em consideração questões de sazonalidade e vazante dos rios."
Lula segue no Estado também para a Cúpula da Amazônia, que acontece na próxima terça-feira (08) e finaliza na quarta-feira (09). Ela reunirá chefes de Estado dos países que formam a floresta.
Vale ressaltar que a campanha de Lula foi formada por três pilares, sendo o desenvolvimento sustentável um deles. Ele defendia que a região amazônica seja explorada de maneira a respeitar o meio ambiente, sem que haja um aumento no desmatamento.
"Na Amazônia,] moram milhões de amazônidas que querem viver bem, trabalhar, comer, ter aquilo que produz, além de querer preservar, não como santuário, mas fonte de aprendizado da ciência do mundo inteiro. Para que a gente possa encontrar um jeito de preservar ganhando dinheiro, para o povo que aqui mora possa viver dignamente", disse o presidente no discurso.
No discurso, o presidente citou a ameaça de morte que recebeu antes de chegar ao Pará, levantando o "clima de radicalização". Segundo ele, haverá tolerância zero para as possíveis tentativas de golpe.
Na última quinta-feira (03), o presidente recebeu uma ameaça de morte de um homem de Santarém, que dizia que daria um "tiro na cabeça" do petista. "Eu voltei para provar que nós vamos ser mais tolerantes com quem não pensa igual a nós. Mas nunca mais repitam a tentativa de golpe que quiseram dar dia 8 de janeiro porque mais gente será presa, mais gente pagará o preço", disse Lula.