
Na manhã desta quinta-feira (18), a primeira-dama Janja Lula da Silva publicou um vídeo , ao qual fala sobre o Dia Nacional do Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes . A primeira-dama fez uma alusão à fala do ex-presidente , Jair Bolsonaro (PL), quando diz que não existe essa de "pintar um clima" entre um adulto e uma criança. Bolsonaro disse isso se referenciando a garotas de 14 e 15 anos venezuelanas. Janja não citou o nome do ex-mandatário.
O vídeo foi publicado no Twitter dos canais governamentais, trazendo informações acerca do dia. Nele, a primeira-dama pede que a conscientização dos adultos sobre a violência sexual, ressaltando a fala " não existe pintar um clima entre um adulto e uma criança ".
Ela afirma no vídeo:
"Oi, galera, tudo bem? Vocês sabem o quanto a pauta relacionada a proteção das nossas crianças e adolescente é importante para mim. E hoje no Dia Nacional do Combate ao Abuso e Exploração Sexual de crianças e adolescentes, quero falar o quanto é essencial conscientizar toda a população sobre o assunto. Afinal, não existe pintar um clima entre um adulto e uma criança".
O governo optou por realizar na última quarta-feira (17) um evento no Palácio do Planalto, com o objetivo de divulgar as novas ações que tem sido desenvolvido para o combate da violência sexual contra crianças e adolescentes. Entretanto, Janja e Lula se encontram no Japão, para a conferência do G7, com o evento tendo a presença apenas do presidente em exercício, Geraldo Alckmin.
A presença da primeira-dama foi através de uma carta, ao qual foi lida para o público que estava presente. Nela, também foi citado o episódio de Bolsonaro , mas sem citar o nome. Janja escreveu: "Meu último recado para vocês é esse: a parceria entre a sociedade civil e o Estado na construção e na execução de políticas de proteção para crianças e adolescentes é o único clima que ponde pintar ".
A fala em questão de Bolsonaro aconteceu em uma entrevista a um podcast, em 2022. Ele disse que, enquanto estava em um passeio de moto pela comunidade de São Sebastião, perto do Distrito Federal, ele havia avistado algumas meninas de 14 e 15 anos, ao qual ele afirma que "pintou um clima" antes de pedir para visitar a casa delas.
"Eu parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas num sábado numa comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. ‘Posso entrar na sua casa?’ Entrei. Tinham umas 15, 20 meninas sábado de manhã se arrumando. Todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos se arrumando no sábado para que? Ganhar a vida. Você quer isso para a sua filha que está nos ouvindo agora?".