Esta é a terceira vez que Bolsonaro é convocado para depor na Polícia Federal
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Esta é a terceira vez que Bolsonaro é convocado para depor na Polícia Federal

O ex-presidente Jair Bolsonaro  deve prestar depoimento na Polícia Federal às 14h desta terça-feira (16/5) no âmbito de um inquérito que investiga um suposto esquema de fraude em seu cartão de vacinação .

A investigação aponta indícios de que seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e outros assessores próximos teriam colaborado na emissão de certificados falsos de imunização contra a COVID-19 para Bolsonaro e sua filha, com o objetivo de garantir sua entrada nos Estados Unidos no final de 2022.

Segundo a Polícia Federal, há registros no aplicativo ConecteSus -- utilizado pelo Ministério da Saúde para emitir certificados de vacinação , indicando que a conta associada a Bolsonaro foi acessada de dentro do Palácio do Planalto pelo ex-ajudante de ordens para emitir os comprovantes falsos.

Essa evidência reforça a suspeita de que Bolsonaro tinha conhecimento da falsificação dos documentos.

  • Caso seja comprovada a participação de Bolsonaro, ele poderá ser acusado do crime de inserção de dados falsos em sistemas de informação, sujeito a pena de até 12 anos de prisão e multa

Além disso, a PF investiga se os certificados falsos foram utilizados pelo ex-presidente em alguma ocasião, o que poderia configurar um crime federal nos Estados Unidos, com pena de até dez anos de prisão.

Especialistas em direito avaliam que existem indícios fortes que justificam a investigação da possível participação de Bolsonaro, uma vez que as fraudes teriam sido realizadas dentro do Palácio do Planalto por seus assessores mais próximos.

Contudo, o ex-presidente nega ter conhecimento da falsificação e poderá se defender durante o depoimento, atribuindo qualquer crime a uma ação autônoma de seus subordinados, especialmente Mauro Cid, que está preso.

Essa é a terceira vez, em menos de dois meses, que Bolsonaro é convocado a prestar esclarecimentos à Polícia Federal .

Em depoimentos anteriores, ele tratou de questões relacionadas a joias recebidas da Arábia Saudita e não declaradas à Receita Federal, bem como sua suposta influência em ataques antidemocráticos.

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