O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conversou com jornalistas sobre a retirada das grades em volta do Palácio do Planalto. A estrutura cercava o prédio há 10 anos, e o atual presidente desceu para ver o desmonte.
Lula diz que este ano "a democracia voltou", dizendo que por isso, o "palácio nao precisa estar cercado de grade". "Não é que estou inseguro, é que eu tenho certeza absoluta que a democracia não suporta grades. Eu era contra o muro de Berlim, eu sou contra o muro entre Israel e Palestina. Sou contra o muro que o Trump tentava construir no México. E sou contra o muro aqui na frente do palácio", disse Lula à coletiva.
Segundo o petista, os prédios que compõem a Praça dos Três Poderes não tem necessidade de cercamento. O que se deve fazer é não "negligenciar" a segurança, se referindo aos atos golpistas vistos no dia 8 de janeiro. "A gente não precisa estar cercado. Cada um cuida do seu. Se a Suprema Corte [STF] quiser tirar... Eu acho que não precisa [de grade]. Não precisa, porque nós temos segurança. Só não pode negligenciar como da outra vez", completa.
De acordo com o ministro da Secretaria da Comunicação Social (SECOM), Paulo Pimenta, a ideia de retirada das grades partiu do presidente. Ele diz que Lula almejava ver o Palácio sem as grades em volta, assim como foi durante os dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2010.
O objetivo é que as grades do Palácio da Alvorada e do Jaburu sejam retiradas. Os prédios são as moradias oficiais do presidente e do vice-presidente (Geraldo Alckmin). Além disso, Lula deve conversar com os representantes das outras instâncias da Praça dos Três Poderes, para que o gradil seja removido.
A instalação das grades ocorreu em 2013, sendo cercado o Supremo Tribunal Federal e a Praça dos Três Poderes. A ocasião marca os protestos de junho daquele ano, durante o governo de Dilma Rousseff (PT).