Advogado Rodrigo Tacla Duran, acusado de lavagem de dinheiro pela Operação Lava Jato
Reprodução / Jornal Nacional
Advogado Rodrigo Tacla Duran, acusado de lavagem de dinheiro pela Operação Lava Jato

Durante um depoimento ao juiz Eduardo Appio , da 13ª Vara Federal de Curitiba , nesta terça-feira (10), o advogado Rodrigo Tacla Duran afirmou que Carlos Fernando dos Santos Limaex-procurador da República , recebeu propina para que doleiros não fossem processados pela  Operação Lava-Jato . As informações são do colunista Chico Alves , do Uol.

Tacla Duran que, atualmente, mora na Espanha, apontou que o doleiro chinês naturalizado brasileiro Wu Yu-Sheng chegou a pargar cerca de de 500 mil dólares a advogados que participavam do esquema que burlava as investigações. Com isso, Yu-Sheng não foi processado em Curitiba.

"Essa proteção era praticada mediante a cobrança de uma taxa, para que o doutor Carlos Fernando se comprometesse à não-persecução penal (sic) desses doleiros que participavam da mesada, entre eles o Wu", disseTacla Duran na audiência online feita por videoconferência. "Ele passou a ajudar a pagar esse valor todo mês, por muito tempo."

O ex-procurador da República apontado por Tacla Duran atuou durante quatro anos na força-tarefa do Ministério Público Federal que protagonizou uma das maiores operações já feitas no país.

Todas as informações repassadas por Duran e dados fornecidos sobre as contas bancárias em que teriam ocorrido supostas movimentações de propinas foram encaminhados para Superintendência da Polícia Federal do Paraná. Com isso, o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba pretende realizar a abertura de uma investigação para apurar o caso.

Tacla prestou depoimento como testemunha após ser indicado pelo ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas, que responde a um processo depois de uma denúncia feita pelo deputado federal Deltan Dallagnol.

Ainda segundo Duran, que, em 2016, trabalhava para a empreiteira Odebrecht, na época, executivos da empresa relataram que eram  "forçados e humilhados a delatar" à Lava Jato.

"Alguns não tinham o que delatar, na verdade, e eram forçados para não serem presos", diz Tacla Duran.

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