O ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, reagiu aos mais recentes ataques a pessoas negras na rede de mercados Carrefour. Como forma de inibir tais ataques, Almeida propôs uma série de medidas para punir os estabelecimentos que acontecerem ataques do tipo, bem como a responsabilização penal das empresas. A decisão deverá ser aprovada como lei no Congresso.
Ele se reuniu na tarde desta segunda-feira (08) com a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Luiziane Lins, juntamente com o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, para entender o que aconteceu no caso do Carrefour visto nos últimos dias.
O caso em questão tomou as redes sociais após um casal negro ser agredido e torturado pela equipe de segurança de uma unidade do supermercado Carrefour, localizado na cidade de Salvador. O casal teria furtado latas de leite.
A pasta ainda está se movimentando para que seja mobilizado o Ministério da Justiça e Segurança Pública, e a Polícia Federal, visando discutido uma regulamentação das empresas que prestam o serviço de segurança no Brasil.
Almeida defendeu que as empresas que já passaram por situações parecidas devem trabalhar para que novos episódios sejam evitados. Vale ressaltar que o ministro e militante da luta racial integrou o comitê externo antirracista do Carrefour, em 2020.
A rede de supermercados possuí diversos casos de agressão a pessoas negras, sendo o mais emblemático o de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, que foi espancado até a morte por seguranças na filial de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ele morreu no Dia da Consciência Negra, em 2020.
O Carrefour informou que a equipe foi afastada para a prevenção, rescindindo o contrato com a empresa de segurança.