Bolsonaro ao telefone (Arquivo)
Reprodução: Isac Nóbrega/PR
Bolsonaro ao telefone (Arquivo)

A investigação da Polícia Federal sobre a inserção de dados de vacinação falsos aponta que Cláudia Helena da Costa Rodrigues , chefe da central de vacinação de Duque de Caxias (RJ), foi responsável por retirar informações do sistema do Ministério da Saúde.

As informações do ex-presidente Jair Bolsonaro, de sua filha Laura, do tenente-coronel Mauro Cid e de dois familiares do ex-ajudante de ordens da Presidência República haviam sido adicionadas , mas posteriormente retiradas pela servidora. 

Os dados seriam para validar as vacinações e permitir viagens ao exterior, mas foram excluídas posteriormente por Cláudia Helena para que os registros não ficassem visíveis no sistema.

A cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi uma das cidades do estado do Rio de Janeiro que mais acelerou as primeiras fases da vacinação contra a Covid-19, chegando até a desrespeitar a ordem de prioridades sugerida pelo Ministério da Saúde.

O prefeito da cidade na época era Washington Reis (MDB) , um dos principais aliados do ex-presidente Bolsonaro

Na operação desta quarta-feira, o secretário de Governo de Caxias, João Carlos Brecha, foi preso.

Linhas de investigação

A Polícia Federal mapeou duas tentativas de inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, com o objetivo de manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19. A última tentativa de inserção ocorreu em 21 de dezembro, antes da viagem de Bolsonaro aos EUA.

Resumo do caso 

- Os dados indicam que Bolsonaro teria recebido duas doses da vacina Pfizer

- O presidente negou fraude e disse que nunca se vacinou

- Os investigadores apontam que os dados foram inseridos para que pudessem ser usados para viagens ao exterior

- Posteriormente, as informaões foram excluídase e o registro ficou invisível no sistema

Gutemberg Reis, irmão do ex-prefeito Washington Reis e deputado federal do MDB-RJ, também foi alvo da operação. Contra ele, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão em um endereço no Rio de Janeiro.

Advogados da prefeitura de Caxias afirmaram que não vão se manifestar e a defesa de Cláudia Helena disse que não vai se manifestar sobre o caso, já que ele corre em sigilo.

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