A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (03) operação que investiga supostas ilegalidades cometidas por ajudantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acusados de fraude nos dados vacinais no Ministério da Saúde .
Quem são os investigados
A ação resultou na prisão de seis pessoas e no cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão relacionados ao caso.
A PF suspeita que houve fraude na carteira de vacinação de Bolsonaro e um mandado de busca e apreensão foi cumprido em sua casa, no Jardim Botânico, no Distrito Federal.
Por que a polícia investiga dados de vacina
Segundo a PF, os suspeitos inseriram dados vacinais falsos sobre Covid-19 em dois sistemas exclusivos do Ministério da Saúde.
O objetivo era emitir certificados falsos de vacinação para pessoas que não haviam sido imunizadas e permitir o acesso a locais onde a imunização é obrigatória.
Dados fraudados
Os documentos fraudados teriam sido usados para a entrada de comitivas de Bolsonaro nos Estados Unidos, onde ele permaneceu entre janeiro e março deste ano.
Além do certificado de Bolsonaro, também teriam sido forjados os documentos de vacinação da filha do ex-presidente, Laura Bolsonaro, e do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele
O que diz a Polícia
O objetivo era emitir certificados falsos de vacinação para pessoas que não tinham sido imunizadas e, assim, permitir acesso a locais onde a imunização é obrigatória.
Viagem aos Estados Unidos
A apuração aponta que os documentos fraudados teriam sido usados para a entrada de comitivas de Bolsonaro nos Estados Unidos, onde o ex-presidente permaneceu entre janeiro e março deste ano.
Risco à saúde pública
Segundo a corporação, as fraudes ocorreram entre novembro de 2021 e novembro de 2022, e "tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários".
A PF afirma ainda que a inserção de informações falsas quanto à vacinação pretendia "manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19".
Os suspeitos são investigados pelos crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.
Operação Venire
A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF)
O inquérito que apura uma milícia digital contra a democracia
Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.
Entre os seis presos, estão:
- Tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
- policial militar Max Guilherme, segurança de Bolsonaro
- militar do Exército Sérgio Cordeiro, segurança de Bolsonaro
- secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha
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