PF enviou grupos de elite na região em questão
[email protected] (Agência Brasil)
PF enviou grupos de elite na região em questão

A Polícia Federal encontrou mais 8 corpos na região indígena Yanomami do Uxiú. O local foi palco da morte de um agente de saúde indígena e o baleamento de mais duas outras pessoas no último sábado (29).

A instituição segue apurando qual a causa das mortes e promoveu, juntamente a Força Nacional, um reforço na segurança da região. O que se sabe é que as vítimas não são indígenas, o que levou aos envolvidos na apuração a acreditarem que se trata de uma retaliação pelos ataques ocorridos no sábado, momento em que eram feitas cerimônias fúnebres.

Um inquérito foi aberto para que as mortes sejam apuradas. Além disso, uma equipe de elite do Comando de Operações Táticas e do Grupo de Pronta Intervenção, foram direcionadas à região para apurar o caso,

As vítimas foram encontradas durante um sobrevoo das equipes no último domingo (30). Eles estavam boiando na água, em uma região de garimpo. É entendido que as mortes são frutos da violência que a região vem sofrendo com a desestruturação do garimpo ilegal no território. A morte ocorrida no sábado criou expectativas de que a violência no local se agravasse.

Nesta segunda-feira (1º)foi divulgado por associações indígenas que a comunidade Uxiú estava se organizando para atacar os garimpeiros que passassem às margens do rio Mucajaí, levantando a possibilidade de "ocorrer a qualquer momento mais uma tragédia naquela região."

Uma nota conjunta da Hutukara Associação Yanomami (HAY) e Texoli Associação Ninam Estado de Roraima (Taner), diz que a morte do indígena no último sábado se deu durante uma cerimônia fúnebre da comunidade. A vítima foi o agente de saúde Ilson Xirixana, 36, que atuava no Distrito Sanitário Indígena Yanomami (Dsei-Y). Ele foi morto com um tiro na cabeça.

Segundo a associação, a cerimônia acontecia às margens do rio Mucajaí, fazendo com que os indígenas perseguissem a barco com os garimpeiros, que atiraram e balearam outros dois integrantes que permanecem internados.

Já no domingo, outro caso ocorreu em um suposto confronto da PRF e o Ibama contra garimpeiros ilegais. A operação deixou quatro mortos. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, entre um dos mortos estava um foragido da Justiça do Amapá. A operação apreendeu um fuzil, três pistolas e sete espingardas, além de materiais para confronto.

As operações ocorrem três meses após o início das operações governamentais no local para a retirada de garimpeiros ilegais. Ao todo foram destruídos 327 acampamentos, 18 aviões, 2 helicópteros, centenas de motores, além de balsas, barcos e tratores. Cerca de 20 mil pessoas foram retiradas da região. As informações são do Ministério do Meio Ambiente.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.  Siga também o  perfil geral do Portal iG.


    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!