O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) , general da reserva Gonçalves Dias , prestará esclarecimentos à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (19), sobre os alertas de inteligência produzidos sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.
A sessão está marcada para às14 horas e terá a presença de deputados bolsonaristas como o general Pazuello (PL-RJ) , o delegado Ramagem (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O relatório sigiloso produzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é uma das principais justificativas levantadas pela oposição até agora para pedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista, ação que os aliados de Lula têm tentado desestimular.
O alerta, feito dois dias antes dos ataques, informava a convocação de caravanas pelo país de "manifestantes com acesso a armas e com a intenção de invadir o Congresso Nacional".
O documento ainda dizia que "outros edifícios na Esplanada dos Ministérios poderiam ser alvo de ações violentas" .
A Abin foi remanejada para a Casa Civil da Presidência da República em meio a desconfianças do governo Lula. Na época, era subordinada ao GSI.
A base do governo está preocupada com o potencial de dano da sabatina de Dias, já que o general é conhecido como o "sombra" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva . Dias atuou no comando da segurança do presidente entre 2003 e 2009.
Na campanha eleitoral, o general voltou a dar apoio à equipe de segurança do petista e sua empresa de segurança foi contratada para auxiliar na montagem dos eventos que Lula participou pelo país.
O presidente da comissão, deputado Sanderson (PL-RS) , afirmou que o general ainda será instado a esclarecer por que o GSI ainda não disponibilizou as imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto no dia dos ataques. O pedido foi feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Congresso .
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