João Pedro Stedile, líder do MST
Reprodução/Twitter
João Pedro Stedile, líder do MST

O economista e líder da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, disse que as manifestações e ocupações do movimento não estão restritas ao mês de abril. Ele afirma que há previsão para novas medidas do grupo em todo o país para os próximos meses.

Stédile é um dos presentes na comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na viagem à China. Durante entrevista do ativista ao portal Metrópoles, ele informou que o movimento "durante o mês de abril sempre se mobiliza pra pressionar pela reforma agrária".

"Mobilização popular, manifestações, vigília, marchas, ocupações de latifúndio improdutivo ou de terras públicas fazem parte da nossa existência. Então, não há nenhuma novidade nisso”, disse Stédile.

Quando questionado sobre a possibilidade de novas ocupações, Stédile foi categórico dizendo que "vai acontecer". "Não só em abril, mas porque é a forma das mobilizações pressionarem pra que se aplique a lei da reforma agrária que está na Constituição brasileira”.

Stedile, comunicou na última segunda-feira (7) que o grupo fará “ocupações de terra” em todos os estados brasileiros durante o mês de abril. O vídeo foi compartilhado pelo movimento nas redes sociais.

“Nesse mês de abril, nosso movimento fará muitas manifestações em defesa da reforma agrária”, discursou Stedile. “Haverão mobilizações em todos os estados, em todos os estados, sejam marchas, vigílias, ocupações de terras, as mil e uma formas de pressionar que a lei, que a Constituição seja aplicada, e que latifúndios improdutivos sejam desapropriados e entregues para as famílias acampadas”.

O MST fará uma série de trabalhos ao longo do mês intitulado de “Abril Vermelho”. O grupo realiza ocupações e protestos em memória da morte de 19 militantes sem-terra pela polícia do Pará, em Eldorado do Carajás, em 17 de abril de 1996. A intenção é reivindicar moradia e trabalho para quem participa do movimento.

Além das ocupações de terras, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra quer lançar uma campanha de doação de alimentos, plantio de árvores e ações de rua para denunciar produções do agronegócio, o que é condenado pelo grupo.

Em contra partida, lideranças do MST afirmaram na última terça-feira (11) que não há intenção de iniciar uma série de ocupações de terras pelo país durante o mês de abril. Porém, o grupo declarou que eventuais ocupações podem ocorrer, dependendo das decisões dos diretórios estaduais.

“Não tem nenhuma nova jornada de ocupação de terra sendo feita”, falou João Paulo Rodrigues, membro da direção nacional do MST, em entrevista coletiva. Ele relatou que o movimento fará atos, marchas e assembleias para reivindicar ações políticas e orçamentárias do governo federal.

Na próxima semana, lideranças do MST vão se encontrar com ministros e diretores da União para dialogar sobre reivindicações. O grupo entende que ajudaram a eleger o atual governo e é fundamental que os dois lados sigam com boa relação.

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