Lula
Ricardo Stuckert/PR - 22.03.2023
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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou neste sábado que a  ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na comitiva que visita a China fará com que a assinatura de acordos entre os dois países seja postergada para quando o mandatário puder comparecer no país asiático. 

Neste sábado (25), Lula comunicou o adiamento da viagem por conta do quadro de pneumonia leve que apresentou desde quinta-feira (23). Lula ficaria alguns dias na China, onde se encontraria com o dirigente Xi Jinping e assinaria uma série de acordos, entre eles, de agropecuária, intercâmbio e tecnologia, como de semicondutores, 5G, 6G e as próximas gerações de redes móveis, inteligência artificial e células fotovoltaicas (para geração de energia solar).

"Tem atos prontos do Ministério da Agricultura, todos com o acordo já selado. São coisas importantes, relevantes, para a nossa relação comercial ser ampliada, inclusive com o portfólio dos produtos a serem habilitados", disse Fávaro.

Segundo ele, a ausência de lula "não impediu nada". "O presidente pediu que desse sequência, mas acho que... São coisas importantes, mas que podem aguardar, para que seja dentro de um pacote de outros acordos".

 Fávaro afirmou que a nova data da viagem de Lula à China depende de Xi Jinping. A ida ao país asiático será remarcada “no momento em que o governo chinês estiver preparado e com a agenda disponível”, disse. 

O ministro disse ainda que "todos os outros ministérios teriam atos assinados no dia 28, não faz sentido só o Ministério da Agricultura deixar assinado o protocolo. Deixe que todos assinem juntos, com a presença de Lula".

Questionado se houve uma decisão do Palácio do Planalto para que nenhum ato fosse assinado, respondeu: "Não, não. Ao contrário, a recomendação que o ministro [da Casa Civi] Rui Costa me disse foi: 'Siga, continue normal, faça tudo o que puder, deixe o máximo possível de coisas encaminhadas'".

"Posso garantir que o que iremos assinar são coisas muito importantes para ampliar a relação comercial, mas é possível aguardar mais alguns dias e, aí sim, na presença do presidente [assinar]. Eu não me sinto à vontade de assinar nenhum protocolo do Ministério da Agricultura sem a presença [de Lula]. Vamos aguardar. São coisas que não têm urgência", afirmou.

Apesar da ausência do presidente Lula, empresários de todos os ramos foram à China com expectativa de conclusão dos acordos. A comitiva organizada pelo Ministério da Agricultura para acompanhar a visita do petista à China tinha mais de cem empresários, a maioria ligados ao setor de carnes.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil, respondendo por 31,28% das exportações brasileiras em 2021 e por 21,72% das importações. 

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