O chefe do Comando Militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra de Menezes disse ao Ministério Público Militar , que o planejamento de segurança para os atos golpistas pró-ditadura militar no dia 8 de janeiro foi executado através de análise de risco do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) , informando 'normalidade'.
Apesar dos alertas produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pela Polícia Federal citarem possibilidade de ataques violentos, não houve reforço suficiente das forças para evitar os ataques violentos ou depredação.
O GSI informou ao jornal O GLOBO que alertas em documentos de Inteligência foram disponibilizados à Comissão Mista de Controle da Atividade de Inteligência (CCAI), do Congresso Nacional, responsável pelo controle e fiscalização externos da Atividade de Inteligência .
O documento do GSI foi assinado pelo ministro responsável, o general da reserva Gonçalves Dias. Ele é um dos militares expulsos dos atos golpistas do dia 8 ao se ver incapaz de logisticamente de retirar os manifestantes.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é subordinada ao GSI e alertou diversos órgãos e pastas do governo sobre o risco de invasão na Esplanada e Congresso dois dias antes da tentativa fracassada de golpe. Além disso, a Polícia Federal apontou o monitoramenteo de bolsonaristas radicais em relatório encaminhado ao ministério da Justiça.
O general alega que a segurança do Palácio do Planalto é executada pelo GSI e militares do Exército Brasileiro . Porém, as escalas de atividades seriam organizadas pelo GSI. O general Dutra de Menezes enviou apenas 130 militares para o Palácio do Planalto.
O governo também trocou integrantes do GSI. Lula deve retirar a Abin da estrutura do GSI e colocá-la sob tutela do comando do ministério da Casa Civil, chefiada por Rui Costa. Já o general Dutra de Menezes deve deixarar a função de chefe do Comando Militar do Planalto em março devido à crise política.
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