Com a contaminação de plantações e rios promovida pelo garimpo ilega l, o povo Yanomami está padecendo de fome e desnutrição. A partir disso, a medida de emergência adotada pelas autoridades que monitoram a crise foi o envio de cestas básicas compostas de alimentos ultraprocessados .
Os kits contém pacotes de arroz, sardinha enlatada, farinha de milho, farinha d'água, leite integral em pó e sal. Eles são levados à Terra Indígena por meio da Força Aérea Brasileira (FAB).
Apesar de ser uma solução temporária, há uma preocupação sobre o consumo de alimentos ultraprocessados por parte dos Yanomamis, que têm uma cultura alimentar baseada na agricultura, pesca e caça.
A FAB participa da ajuda humanitária desde o dia 21 de janeiro, ocasião em que o presidente Lula (PT) visitou a Casa de Saúde Indígena (Casai) para ver a crise. Ao todo, até esta quinta (2), já foram entregues mais de 3 mil cestas básicas na região de Surucucu. Os kits são arremessados de paraquedas pelos militares.
Crise humanitária
O povo da Terra Indígena Yanomami, considerada a maior do Brasil, sofre grave crise humanitá e sanitária. Dezenas de adultos, crianças e idosos foram diagnosticados desnutrição grave e malária.
A situação precária dos indígenas se agravou muito a partir do avanço do garimpo ilegal.
Um levantamento da Hutukara Associação Yanomami aponta que o garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou 5.053 hectares da Terra Indígena Yanomami. O estudo também estima que, com a atividade irregular, 20 mil garimpeiros estejam no local.
A Terra indígena Yanomami está em emergência de saúde desde o dia 20 de janeiro, conforme decisão do governo Lula. Inicialmente por 90 dias, órgãos federais auxiliarão no atendimento aos indígenas.
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