Anderson Torres ao lado da sua esposa
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Anderson Torres ao lado da sua esposa

O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, disse à Polícia Federal (PF) que houve uma "falha grave" na execução do plano de segurança do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 8 de janeiro.

Torres está preso desde o dia 14 de janeiro após o retornar dos Estados Unidos. 

Na última quinta-feira (02), o ex-ministro da Segurança Pública do governo Bolsonaro prestou depoimento por quase dez horas. Torres informou que no dia 6 de janeiro, ele se reuniu com o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, com a secretária distrital de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, e com a subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública, Cíntia Queiroz de Castro.


Na conversa, ficou acordado que o Exército e o Governo do Distrito Federal trabalhariam, a partir do dia 10 de janeiro, para desmobilizar as pessoas em acampamentos em frente aos Quartéis, começando pela população "vulnerável e moradores de rua". Entretanto, o cronograma foi atropelado pelos fatos.

No mesmo dia, Torres diz que os representantes das polícias Militar e Civil do Distrito Federal; Bombeiros; Departamento de Trânsito (Detran); Departamento de Estradas e Rodagem (DER); Polícia Rodoviária Federal (PRF); Senado; Câmara dos Deputados; Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniram. Na conversa, eles efetivaram o plano de segurança para os atos do dia 8 de janeiro, que segundo ele, não apresentavam indícios de "ações radicais”.

No protocolo assinado, o ex-secretário diz que haviam ações estabelecidas para a segurança do patrimônio, como a necessidade da PM planejar e executar ações mais ostensivas, caso necessário, para a preservação da ordem pública, mantendo as tropas especializadas de prontidão.

Quando questionado sobre uma declaração do governador afastado Ibaneis Rocha acerca de sabotagem do plano por parte de forças da segurança pública, ele confronta dizendo que não há provas que corroborem com o isso. Além disso, acrescenta que houve uma "falha grave" na execução, afirmando que caso tivesse sido seguida a risca, não haveriam os atos criminosos vistos no dia 8 de janeiro.

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