O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, decidiu adiar uma viagem que faria ainda nesta sexta-feira (3) a Pequim após a repercussão da polêmica envolvendo um balão chinês encontrado sobrevoando o espaço aéreo norte-americano.
O descobrimento do balão, assim como o cancelamento da viagem, aumentaram a tensão entre EUA e China. Havia a expectativa de que as reuniões entre Bliken e autoridades chineses auxiliassem no entendimento entre os países em relação a questões como Taiwan Coreia do Norte e guerra na Ucrânia.
A viagem foi acertada em novembro do ano passado durante um encontro entre Joe Biden e Xi Jinping, presidentes dos EUA e China, respectivamente, realizada na Indonésia, durante a Cúpula do G20.
Balão chinês nos EUA
Na última quinta-feira (02), os Estados Unidos haviam informado a presença do balão, dizendo que ele sobrevoava o país há alguns dias, chamando de um ato descarado, dias antes da visita ao Pequim do secretário de Estado, Antony Blinken.
Nesta sexta-feira (03), a China se pronunciou sobre o balão classificado pelo Pentágono como "espião". O país do Oriente disse que na realidade trata-se de um dirigível meteorológico civil, que acabou se desviando da rota e foi parar no campo aéreo norte-americano. O país ainda afirma que os objetivos da aeronave são apenas científicos.
O Ministério das Relações Exteriores da China informou, em nota, que está mantendo as comunicações com os Estados Unidos para lidarem de forma coerente com a situação.
"O dirigível é da China e é de natureza civil, usado para pesquisas meteorológicas e outras pesquisas científicas. Devido à influência dos ventos de oeste e sua limitada capacidade de controle, o dirigível se desviou de seu curso pretendido", destacou o comunicado.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.