Nesta segunda-feira (30), a Fundação Oswaldo Cruz ( Fiocruz ) informou que medicamentos contra a malária que deveriam ter sido destinados ao povo Yanomami foram desviados para garimpeiros que atuam ilegalmente no território. A instituição formalizou uma denúncia junto ao Ministério da Saúde , que está investigando o caso.
A Fiocruz afirma, em nota, que no dia 18 de janeiro o Instituto de Tecnologia em Fármacos encaminhou um ofício à Coordenação Geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos, do Ministério da Saúde, para notificar o órgão sobre a comercialização ilegal de um lote de medicamento (artesunato + mefloquina) produzido pelo Instituto para o tratamento da malária.
“No dia 18 de janeiro, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) enviou um ofício à Coordenação Geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos, da Secretaria de Ciências, Tecnologias e Insumos Estratégicos (MS), para notificar o órgão a respeito de informações sobre a comercialização ilegal de um lote de medicamento (artesunato + mefloquina) produzido pelo instituto para o tratamento de malária. O medicamento em questão estaria sendo vendido por garimpeiro em localidade próxima ao território indígena yanomami”, diz o texto do documento.
O remédio estaria sendo vendido por garimpeiros num local próximo ao território indígena Yanomami. A instituição não informou quantas pessoas poderiam ter sido medicadas com o lote desviado.
Ainda de acordo com a Fiocruz, o lote foi integralmente entregue ao Centro de Distribuição e Logística do Ministério da Saúde.
Procurado, o Ministério da Saúde informou que “está apurando a denúncia e irá investigar junto aos órgãos competentes”.
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