Ramiro Alves, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros, em ginásio da PF
Reprodução - 20.01.2023
Ramiro Alves, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros, em ginásio da PF

A primeira fase da  operação Lesa Pátria da Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (20) oito mandados de prisão contra suspeitos de financiar e participar dos atos terroristas ocorridos em Brasília , em 8 de janeiro.

Desde o início da manhã quatro pessoas já foram presas:

  • Ramiro Alves Da Rocha Cruz Junior, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros
  • Randolfo Antonio Dias, em Minas Gerais
  • Renan Silva Sena, no Distrito Federal
  • Soraia Bacciotti, do Mato Grosso do Sul

Além dos mandados de prisão, o Supremo Tribunal Federal, quem ordenou a ação da PF, expediu 16 de busca e apreensão. Veja onde estão sendo cumpridos:

  • Distrito Federal: 5 de busca e apreensão e 2 prisões
  • Goiás: 1 busca e apreensão
  • São Paulo: 7 busca e apreensão e 3 prisões
  • Rio de Janeiro: 1 busca e apreensão e 1 prisão
  • Minas Gerais: 1 busca e apreensão e 1 prisão
  • Mato Grosso do Sul: 1 busca e apreensão e 1 prisão

Alvos da operação já presos

Ramiro dos Caminhoneiros

Ramiro Alves, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros, em ginásio da PF
Reprodução - 20.01.2023
Ramiro Alves, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros, em ginásio da PF

Ramiro Alves Da Rocha Cruz Junior, que foi preso nesta sexta, publicou imagens dos atos de vandalismos contra os Três Poderes nas redes sociais, onde soma quase 70 mil seguidores e incitava atos antidemocráticos - ele é apontado como organizador dos grupos. Conhecido como "Ramiro dos caminhoneiros", ele também esteve em Brasília e, após o desmonte do acampamento golpista no Quartel-General do Exército, chegou a visitar detidos no ginásio da PF. 

O suspeito é filiado ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e foi candidato a deputado estadual por São Paulo. No entanto, não se elegeu. Ele recebeu R$ 150 mil em recursos da sigla durante a campanha.

Randolfo Antonio Dias

Randolfo Antonio Dias, preso em operação contra atos terroristas
Reprodução - 20.01.2023
Randolfo Antonio Dias, preso em operação contra atos terroristas

Randolfo participou dos atos em acampamentos golpistas em frente ao QG do Exército em Belo Horizonte (MG), ele também incitava ações ilegais em grupos de mensagens, em que estimulava usuários a fazer o bloqueio de refinarias, por exemplo, e enviava áudios desejando a morte do ministro do STF Alexandre de Morais e do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. A investigação apurou que Randolfo não tinha antecedentes.

Renan Silva Sena

Renan Sena é ex-funcionário terceirizado do governo. Nas redes sociais, ele incitava os atos na Esplanada dos Ministérios. No dia 6 de janeiro, em um vídeo publicado do QG do Exército, Renan chamava todos os bolsonaristas para uma "grande ação neste fim de semana" . O suspeito foi preso em casa, com ele os agentes encontraram R$ 22 mil em espécie.

Soraia Bacciotti

Soraia Bacciotti, presa durante operação contra atos golpistas
Reprodução/Instagram - 20.01.2023
Soraia Bacciotti, presa durante operação contra atos golpistas

Natural do Matoi Grosso do Sul, a intérprete de libras também participava de ações de bolsonaristas radicais que depredaram a Praça dos Três Poderes em Brasília.

Entenda por quais crimes os alvos são investigados:

  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado;
  • associação criminosa;
  • incitação ao crime;
  • destruição;
  • deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

A Polícia Federal pede para que, caso alguém tenha informações sobre pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os ataques do último dia 8, encaminhe a identificação para o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br.

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